LAÍS FERREIRA
O estado de Mato Grosso ocupa a 9ª colocação do ranking nacional de violência contra a mulher. O dado bom é que a Capital, com sete casos registrados em 2012, ocupa o penúltimo lugar entre as capitais.
Segundo o estudo, feito pelo Mapa da Violência, até os 14 anos de idade, os pais são os principais responsáveis pela violência. O papel de agressor, porém, vai sendo substituído progressivamente pelo parceiro ou ex-parceiro, a partir dos 20 anos de idade, situação que se mantém até a idade de 60 anos. Depois dos 60 anos os filhos preponderam na geração de violência contra a mulher, ou seja, filhos que batem nas mães.
De acordo com a promotora de Justiça de Cuiabá, Lindinalva Rodrigues Dalla Costa, a maioria desses agressores não tem antecedente criminal e o machismo fala mais alto, ainda. “Infelizmente vivemos em uma sociedade machista, onde a mulher é tratada como objeto. Para mudar essa triste realidade é necessária a criação de projetos”, disse. De acordo com a promotora há projetos apenas na Capital, mas que devem ser levados para as demais cidades do estado.
Em Cuiabá, todos os agressores foram condenados, conforme relatou a promotora. “No início da Lei Maria da Penha a média de condenação era de 15 anos, atualmente a média passou pra 23 anos”, ressaltou Lindinalva.
Em vigor, desde 2006, a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340) criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra as mulheres.
MUNDO
A violência contra as mulheres faz do Brasil o sétimo em “feminicídio” num ranking de 84 países, atrás de El Salvador, Guatemala, Rússia e Colômbia. Internamente, os estados com as taxas mais elevadas de violência contra as mulheres são o Espírito Santo, Alagoas e Paraná, respectivamente com taxas de 9,4, 8,3 e 6,3 homicídios para cada 100 mil mulheres. Dentre as capitais, as maiores taxas estão na Região Norte: Porto Velho, Rio Branco e Manaus.