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Cuiabá, 15 de Janeiro de 2025
15 de Janeiro de 2025

09 de Maio de 2012, 14h:59 - A | A

CIDADES / VIOLÊNCIA CONTRA MULHER

MT ocupa a 9ª posição no ranking nacional; Cuiabá é penúltima

Pesquisa revela a permanência de violência mesmo após entrar em vigor a Lei Maria da Penha.

LAÍS FERREIRA



O estado de Mato Grosso ocupa a 9ª colocação do ranking nacional de violência contra a mulher.    O dado bom é que a Capital, com sete casos registrados em 2012, ocupa o penúltimo lugar entre as capitais.  
 

Segundo o estudo, feito pelo Mapa da Violência, até os 14 anos de idade, os pais são os principais responsáveis pela violência. O papel de agressor, porém, vai sendo substituído progressivamente pelo parceiro ou ex-parceiro, a partir dos 20 anos de idade, situação que se mantém até a idade de 60 anos. Depois dos 60 anos os filhos preponderam na geração de violência contra a mulher, ou seja, filhos que batem nas mães. 


De acordo com a promotora de Justiça de Cuiabá, Lindinalva Rodrigues Dalla Costa, a maioria desses agressores não tem antecedente criminal e o machismo fala mais alto, ainda. “Infelizmente vivemos em uma sociedade machista, onde a mulher é tratada como objeto. Para mudar essa triste realidade é necessária a criação de projetos”, disse. De acordo com a promotora há projetos apenas na Capital, mas que devem ser levados para as demais cidades do estado.


Em Cuiabá, todos os agressores foram condenados, conforme relatou  a promotora. “No início da Lei Maria da Penha a média de condenação era de 15 anos, atualmente a média passou pra 23 anos”, ressaltou Lindinalva.


Em vigor, desde 2006, a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340) criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra as mulheres.



MUNDO


A violência contra as mulheres faz do Brasil o sétimo em “feminicídio” num ranking de 84 países, atrás de El Salvador, Guatemala, Rússia e Colômbia. Internamente, os estados com as taxas mais elevadas de violência contra as mulheres são o Espírito Santo, Alagoas e Paraná, respectivamente com taxas de 9,4, 8,3 e 6,3 homicídios para cada 100 mil mulheres. Dentre as capitais, as maiores taxas estão na Região Norte: Porto Velho, Rio Branco e Manaus. 

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