LAIS FERREIRA/especial para o RMT
De acordo com informações do Sindicado dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Terrestre de Cuiabá e Região, a lei que proíbe a circulação de carga e descarga na região central da capital, tende a afetar três mil trabalhadores. Eles terão que alterar o turno da atividade. O sindicato alerta que a mudança poderá afetar obras da Copa do Mundo.
“Além da alteração do turno, a proibição atrapalhará o andamento das obras da Copa do Mundo, tendo em vista que veículos que transportam materiais de construção ficarão impedidos de transitar pelas regiões denominadas de Zona de Área Central e Zona de Restrição Máxima.”, ressaltou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores, Ledevino da Conceição.
O proprietário de transportadora, Valter Jonas Pereira de Sousa, afirma que as transportadoras serão obrigadas a reajustar o horário de entrega. “Não sou contrário a lei, porém acredito que a prefeitura e os sindicatos precisam organizar a logística devidamente”, disse.
Já o Sindicato das Empresas de Carga acredita que a proibição de circulação no período compreendido das 6h às 20h contribuirá para com a organização do fluxo.
“Estamos conscientes que precisamos melhorar a mobilidade. por esse motivo, alguns detalhes ainda serão acertados em reunião com data a ser definida. Nessa reunião deverão participar representantes do transporte de carga, secretário de transporte e prefeito”, afirmou o diretor adjunto, Gilvando Alves de Lima.
Áreas restritas
Com a implantação da sinalização, veículos de carga pesada ficarão proibidos de circular pela região denominada de Zona de Área Central (ZAC) que compreende a Avenida Isaac Povoas até o bairro do Porto, caminhões com carga acima de 24 toneladas serão proibidos de circular.
Além disso, durante o período compreendido das 6h às 20h, caminhões com peso bruto superior a 10 toneladas serão impedidos de circular pela região da Zona de Restrição Máxima que compreende as Avenidas Manoel José de Arruda, Oito de Abril, Marechal Deodoro, Filinto Müller, Presidente Marques, Mato Grosso, Tenente Coronel Duarte, Professor João Gomes Sobrinho, Eugênio Gonçalves Pinheiro, Fernando Corea, General Vale e Manoel de Arruda, Comandante Costa, Ten.cel. Thogo da Silva Pereira, João Bento, Amércido Salgado, Antônio Batista Belém e São Cristovão.
Outra questão levantada, desta vez levantada por donos de postos de combustíveis, é sobre como ficaria o abastecimento, já que muitos estabelecimentos fecham depois das 20h e não teriam como receber produtos. Em SP, por exemplo, a proibição de caminhões nas marginais acarretou desabastecimento nos postos.
