UFMT fica em 51º e UFMS em 34º; reitora de MT contesta

LAÍS FERREIRA

Entre as 191 universidades pesquisadas, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) ocupa a 51° do ranking com a nota 46,89. O Ranking Universitário Folha (Ruf) foi divulgado essa semana e mostra a relação das instituições federais e particulares de acordo com a qualidade de ensino. As particulares de MT, como Unic, Univag e Unirondon nem aparecem no ranking. A UFMT ficou bem abaixo da vizinha UFMS, que aparece em 34º. A maioria das instituições são públicas. As primeiras colocadas ficam no Sudeste e Sul. 

Durante a pesquisa foram analisados nove indicadores das universidades, relacionados à pesquisa científica, proporção de professores com doutorado, número de artigos científicos por docente e número de publicações no Scielo. A avaliação teve nota de 0 a 55.

Também foram entrevistados 597 pesquisadores do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológio (CNPq), para representar o grupo dos melhores cientistas e docentes do país. A cada um deles foi pedido que apontasse as 10 melhores instituições brasileiras em sua área.  Os pesquisadores deveriam atribuir nota, cujo peso foi de 0 a 20 pontos.

O peso foi mantido durante a avaliação feita pelos 1.212 diretores, gerentes ou profissionais responsáveis pelos recursos humanos de empresas e instituições brasileiras, amostra definida para representar todo o setor do país. Para cada um deles foi pedido que apontasse as três instituições de ensino superior para os quais dariam preferência em um processo de contratação.

A Folha analisou a quantidade de pedidos de patentes de cada universidade sendo atribuído a nota de 0 a 5.

Contudo, a reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli Neder, enfatiza que os responsáveis pela pesquisa não compareceram na universidade para avaliar as condições estruturais, assim como, a formação acadêmica dos professores.

“Eles (Folha) foram infelizes em atribuir nota para algo que é conceitual. Além disso, não pontuar, não significa que o ensino seja ruim, pelo contrário, o nosso ensino é muito bom, como mostra o Instituto Nacional de Pesquisas Anísio Teixeira (Inep). O órgão fez uma avaliação e a nota atribuída em uma escala de 0 a 5 foi 4, isso significa que estamos muito bem”, comenta.

A reitora da Universidade Federal de Mato Grosso acrescenta ainda que apesar da negatividade que representa a atual pesquisa toda universidade deve passar por uma avaliação sendo, uma forma das instituições balizar as ações e procurar a melhorar . “Apesar de considerar a análise evasiva, eu respeito toda e qualquer avaliação”, ressalta.

Segundo, Maria Lúcia Cavalli Neder, 90% dos professores fizeram mestrado e doutorado.