Delegado: Diretoria me fez uma proposta indecente após criticar o MPE

RepórterMT

Flávio Stringueta é delegado de polícia

MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO

O delegado Flávio Stringueta se envolveu em uma polêmica administrativa, recentemente, após escrever artigos em que critica duramente o Ministério Público Estadual (MPE), pela compra de Iphones e pelo Auxílio Covid, o que resultou no seu afastamento da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). Ao , ele contou que recebeu uma proposta descabida da Diretoria a Polícia Judiciária Civil (PJC), a qual não sabia o que fazer com ele.
“Quando eles comunicaram minha saída da GCCO, eles me fizeram uma proposta que eu achei das mais indecentes possíveis. Me disseram que eu ficaria lotado na Diretoria da Polícia Civil, sem atribuição até decidirem o que iriam fazer comigo. Isso significa deixar você ‘no corredor’, pois quando você não tem atribuição, não tem sala para trabalhar, por isso fica essa expressão”, conta o delegado.
Stringueta detalha que se ele tivesse aceitado a proposta teria que ir fazer o expediente todos os dias, por oito horas, na unidade, no entanto sem fazer nada.
“Disseram que eu tinha que ir lá fazer o expediente completo, mas sem fazer nada. Eu achei que isso era deveras humilhante. Eu já vinha em tratamento de uma doença autoimune, que em situação de estresse ela piora, a minha médica achou que era o momento de me afastar, e ficar em casa me cuidando”, explica.
Entenda
O delegado Flávio Stringueta escreveu um artigo no qual criticou a compra de Iphones pelo Ministério Público. Em seguida, ele acabou sendo exonerado do comando da GCCO, onde esteve por anos, por meio de uma decisão da Diretoria-Geral da PJC.
As palavras de Stringueta ecoaram, e tiveram todo apoio da sociedade cuiabana, a qual criticou muito seu afastamento, pois se sentiu representada em seu artigo. Consequente, ele escreveu um novo artigo criticando o “auxílio covid” e falando sobre sua exoneração.
Desta vez, ele teve uma resposta direta do chefe do MPE, José Antônio Borges, que veio a público rebater o delegado. Seguindo o bate e volta, Stringueta fez um novo artigo.
Até o momento, a PJC não o remanejou para nenhuma unidade de polícia.
Veja entrevista completa:

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