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Cuiabá, 21 de Dezembro de 2024
21 de Dezembro de 2024

05 de Setembro de 2014, 18h:22 - A | A

GERAL / HUMANIZAÇÃO

5 abrigados terão tratamento com sistema home care no Lar da Criança de Cuiabá

Casa recebe 66 crianças; as acima de 6 anos têm aulas de Futebol, Pintura, Ginástica, com a ajuda da Rede Cidadã, UFMT, Caixa e Igrejas. A direção conseguiu ainda 2 médicos voluntários para atender aos pequenos

DA REDAÇÃO



Abandono, abuso sexual e violência são alguns dos motivos que levam crianças de 0 a 12 anos de idade à Superintendência do Lar da Criança, instituição vinculada à Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (SETAS-MT). O local representa a esperança para L.G.L.P, de um ano de idade. O bebê foi encaminhado para unidade desde os seis meses de vida, após o abandono da família. Já D.F.C têm cinco anos e está no Lar da Criança há 12 meses, após suspeita de abuso sexual. O fato gerou a incapacidade de reinserção em sua família biológica.

Criança na mentalidade, corpo em desenvolvimento. Preso em dois mundos. Esta é a condição da criança especial A.S.S.O, de 10 anos. Está no Lar desde 2006 em busca de uma nova família. Há sete anos S.C.R. reside na unidade. Hoje, com nove anos, ainda espera por uma adoção.

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As histórias se repetem. Emocionam. O horizonte dos menores abrigados é marcado por tragédias pessoais que os levaram para condição de rompimento de vínculos familiares e as colocaram em situação de fragilidade. É por isso que o Governo do Estado mantém e investe na instituição.

Os pequenos realizam seis refeições diárias. As roupas são lavadas e passadas 24 horas por dia e depois guardadas de acordo com tamanho e cor. Nos últimos quatro meses várias ações de entretenimento também foram incrementadas na programação dos pequenos. Esta foi uma das formas encontrada para aumentar a convivência comunitária, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Futebol,  Pintura em Tela, Ginástica Olímpica, entre outras ações propiciadas com a ajuda de parceiros como o Rede Cidadã, Universidade Federal de Mato Grosso, na Caixa Econômica Federal e Igrejas. Com ajuda de voluntários, as atividades internas possuem uma programação especial em datas comemorativas, com direito a aniversariantes do mês, teatro e palestras sobre comportamento e saúde preventiva.

O Lar da Criança vem realizando também adequações e contratações de dentistas, médicos e recreadores físicos. A estrutura física do local passa por pequenas reformas, pintura e ampliação. Tudo com a intenção de melhorar a qualidade de vida dos abrigados na unidade. Além disso, o Governo está aparelhando setores como o berçário, setor de saúde e cozinha.

Jana Pessôa

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 Cada um tem sua cama, seu ármario, lençóis e travesseiros individuais.

O COTIDIANO

Atualmente, o Lar da Criança atende 66 crianças de vários municípios do Estado. Os quartos são refrigerados e distribuídos de acordo com a idade e sexo, incluindo berçário (de 0 a 2 anos), jardim (2 a 5 anos), quartos de 5 a 8 anos e quartos de 9 a12 anos. Cada um com sua cama, seu armário,  lençóis, cobertas e travesseiros individuais.

Com exceção dos bebês e de duas crianças com problemas neurológicos, todos os abrigados do local freqüentam a escola ou a creche, inclusive os especiais, com atendimento especializado em unidades escolares. O  transporte é realizado por vans e carros mantidos pelo Governo do Estado, cujo atendimento é exclusivo para o Lar da Criança.

Está em vias de funcionamento também na instituição, com a parceria da Secretaria de Estado de Saúde, o atendimento em sistema de Home Care para cinco crianças neuropatas.  Assim, eles receberão dentro da própria instituição, tratamento individualizado conforme a complexidade de cada um.

Recentemente, a SETAS-MT realizou concurso público para contratação de profissionais da unidade. Os servidores passaram por treinamento e novas qualificações estão por vir.

"O Lar da Criança tem uma grande estrutura para atendimentos dos abrigados na unidade. Fazemos o possível para minimizar as perdas e para ensiná-los a seguir um caminho digno. Investimos, cobramos, exigimos qualidade e, sobretudo, amamos os pequenos. Nesta tarefa,  o apoio total  do Estado e do Poder Judiciário é fundamental", afirmou a superintende da instituição, a psicóloga e assistente social, Marimar Michels.

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