CAMILA PAULINO
DA REDAÇÃO
Francielli Monteiro Garcia, de 24 anos, divulgou em redes sociais o drama enfrentado desde que descobriu que seu filho foi trocado na maternidade. O caso aconteceu no no Hospital Regional de Alta Floresta (803 km ao Norte de Cuiabá), em maio de 2017. Atualmente, os bebês têm 9 meses.
"Só que Deus me preparou depois de um tempo para que no dia 03/10/2017 eu tivesse o primeiro encontro com meu filho biológico, sem sabermos de nada, sem combinar nada, tanto eu como a outra mãe, fomos colocadas frente a frente pelos propósitos e destino de Deus", relata a mãe.
A mãe relata que os bebês nasceram com a diferença de 20 minutos. Logo após o parto, ela precisou ser levada às pressas ao centro cirúrgico e, por isso, não teve contato com o filho.
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Quando recebeu alta, percebeu que o bebê estava com uma pulseira com o nome de Erivânia Danfel. Imediantamente, ela ligou no hospital e foi informada que não existia a possibilidade da troca.
Após 5 meses, Francielli foi ao posto de saúde para uma consulta e, enquanto aguardava atendimento, percebeu que o bebê que estava no colo de outra mulher era parecido com seu marido. Após conversar, descobriu que a mulher que estava com o bebê era Erivânia.
"Só que Deus me preparou depois de um tempo para que no dia 03/10/2017 eu tivesse o primeiro encontro com meu filho biológico, sem sabermos de nada, sem combinar nada, tanto eu como a outra mãe, fomos colocadas frente a frente pelos propósitos e destino de Deus. Ali onde começou a minha luta, a minha batalha. Nesse dia me lembro que chorei muito, mas muito mesmo, pois não vou negar que no princípio eu não quis acreditar nessa possibilidade de trocas de bebês de maneira nenhuma", relata a mãe.
"A dúvida veio e falou mais alto. Fui atrás buscar respostas e fiz o exame de DNA. Fiquei aflita por mais de 30 dias, mas enfim, no começo de novembro, chegou o resultado que dizia com todas as letras comprovando o que eu menos esperava, que E. não era meu filho biológico. Entrei em desespero com a notícia", conta a mãe.
Durante a conversa, Erivânia disse que ao sair da maternidade, também percebeu que na pulseira da criança estava escrito o nome de Francielli, mas pensou que se tratava do nome da enfermeira e desconsiderou o fato.
As duas passaram então a investigar uma possível troca das crianças na maternidade e decidiram realizar testes de DNA para tirar a dúvida.
"A dúvida veio e falou mais alto. Fui atrás buscar respostas e fiz o exame de DNA. Fiquei aflita por mais de 30 dias, mas enfim, no começo de novembro, chegou o resultado que dizia com todas as letras comprovando o que eu menos esperava, que E. não era meu filho biológico. Entrei em desespero com a notícia", conta a mãe na publicação.
As famílias decidiram então procurar ajuda da Justiça para tentar resolver o caso, pois Francielli deseja desfazer a troca.
"Lógico que amo os dois filhos como ninguém. Coração de mãe sempre cabe mais um, só que minha maior vontade é ter meu filho biológico de volta em meus braços o mais rápido possível. Desde a descoberta da verdade, já se passaram mais de 3 meses e nada de darem alguma resposta concreta para acabar com esse sofrimento", afirma a mulher.
Na publicação, que teve mais de 170 compartilhamentos e centenas de curtidas, a jovem mãe diz que está ansiosa pela conclusão do processo e reclama da demora da Justiça em dar andamento ao caso.
"Só que o que me ira é essa Justiça lenta. Pensam que esse caso não é de urgência, mas é, porque só quem está passando ou já passou por essa experiência triste e trágica sabe que a cada dia que se passa dói mais e mais, tanto no coração como na mente da gente e da nossa família", desabafou a mãe de um dos meninos.
A Defensoria Pública de Alta Floresta auxilia no caso e o defensor público Túlio Ponte de Almeida, responsável pela defesa de uma das famílias, disse que agora aguarda a Justiça liberar o exame de DNA invertido para saber se as crianças foram realmente trocadas.
“Aguardamos o agendamento do exame, que depois de colhido deve ficar pronto em 30 a 40 dias. Se confirmar as trocas, e caso a família queira, faremos o pedido judicial para que as crianças sejam destrocadas e se necessário for, vamos mover ação contra o Estado e diretoria do hospital, que são os responsáveis pelo erro”, disse a defensoria.
Ainda nesta semana as famílias vão passar por uma audiência que deve direcionar o caso.
Outro lado
A diretoria do hospital já está ciente do caso e emitiu nota se abstendo do erro. Segundo o hospital, as crianças foram devidamente identificadas.
Leia a nota na íntegra
O HRAFAS disponibiliza para suas pacientes parto cesariana e vaginal. Com equipe especializada e ambiente apropriado para oferecer conforto às gestantes. Temos uma sala de parto, 5 leitos de pré-parto e um alojamento conjunto com 6 leitos.
Todo recém-nascido (RN) é recepcionado pelo enfermeiro, e identificado conforme o Protocolo da instituição, que consiste em: Na recepção da gestante em trabalho de parto identifica a mãe com pulseira, e imediatamente após o nascimento coloca a pulseira no RN com o nome da mãe, data do nascimento, hora e sexo; em seguida apresenta o RN à mãe e acompanhante, mostrando a pulseira identificada no RN com seu nome, encaminhando em seguida ao alojamento conjunto, se as condições clínicas da mãe e do RN permitirem. No alojamento conjunto, o RN é colocado em berço de acrílico, identificado com a sigla “RN” seguida do nome da mãe, ao lado do leito materno.
Segundo relato da equipe de enfermagem havia 2 mães em trabalho de parto naquele instante. A mãe Franciele Monteiro Garcia, teve o RN na sala de parto às 20h46, nasceu hipoativo, foi recepcionado, colocado em berço aquecido, e em oxigenioterapia. A puérpera após o parto apresentou hemorragia e foi encaminhada ao centro cirúrgico para controle. Em seguida a enfermeira foi chamada no quarto ao lado onde se encontrava outra gestante, já em trabalho de parto que aconteceu ali mesmo no quarto. O RN foi levado à sala para os cuidados e, em seguida, entregue à mãe em alojamento conjunto, porém o RN de Francielle continuou em oxigenioterapia, no berço aquecido na sala de parto. Procedimento normal para esses casos.
A acompanhante relatou que esteve todo o tempo acompanhando o processo, desde o parto até o outro dia. E que não consegue imaginar como isto foi acontecer, pois permaneceu acompanhando e cuidando do RN desde o seu nascimento.
Essa informação foi obtida quando a Enfermeira chefe do hospital foi comunicada na Unidade de Coleta e Transfusão de Sangue (UCT), quando foi solicitada por uma funcionária que informou sobre a suspeita da troca e mostrou o resultado do exame de DNA, até esse momento não havia ocorrido quaisquer informações sobre este fato formalmente ao hospital.
O hospital até o momento não encontrou qualquer falha nos procedimentos adotados, pois as crianças saíram corretamente identificadas constando o nome da mãe, data, horário do nascimento e sexo, as mães estiveram alojadas no mesmo ambiente após o parto em conjunto com seus RN’s até a alta hospitalar.
thais 27/02/2018
AGORA ESSES MALDITOS VÃO QUERER DIZER QUE NÃO ERRARAM? DE CERTO FOI A MAE DESSAS IDIOTAS QUE FORAM LÁ TROCAR AS CRIANÇAS NÉ CAMBADA DE IRRESPONSÁVEIS! CARNICEIROS.
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