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Cuiabá, 14 de Setembro de 2024
14 de Setembro de 2024

27 de Agosto de 2024, 10h:02 - A | A

GERAL / SEM PREVISÃO DE CHUVA

Mato Grosso tem pior seca em 44 anos, aponta Centro Nacional de Monitoramento

Municípios já decretaram situação de emergência em razão da crise hídrica

VANESSA MORENO
DO REPORTÉR MT



Mato Grosso enfrenta o pior período de seca em 44 anos, de acordo com levantamento feito pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). A intensificação se deve principalmente à falta de chuvas e deve se agravar durante o fim de agosto e durante o mês de setembro.

O estado está há 131 dias sem registro de chuvas significativas, o que resulta em maior estresse vegetativo e umidade do solo reduzida. A situação exige atenção e ações que possam minimizar os impactos socioeconômicos e ambientais. Além disso, é preciso cuidado especial em relação ao risco de incêndios.

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De acordo com o mapa de monitoramento do Índice Integrado de Seca (IIS), a condição vem se intensificando desde o início do ano, passando de seca fraca a moderada nos primeiros meses, para severa e extrema de maio em diante.

Com a falta de chuvas, os rios estão em estado crítico, impactando negativamente no abastecimento de água para a população mato-grossense. Municípios como Poconé, Nossa Senhora do Livramento, Barão de Barão Melgaço, Apiacás, Juscimeira, Nova Bandeirantes e São José dos Quatro Marcos já decretaram situação de emergência em razão da crise hídrica.

Além de Mato Grosso, estados como Amazonas, Pará, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e São Paulo também estão em estado de alerta quanto à seca. Ainda de acordo com o Cemaden, em todo o país, houve um aumento nos municípios em situação crítica: aqueles com seca extrema saltaram de 106 para 404, e os com seca severa de 918 para 1361.

Previsão

De acordo com o Clima Tempo, ainda não há previsão de chuvas para Mato Grosso nos próximos 15 dias e a temperatura deve variar entre 39°C e 43°C no mesmo período. Já o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) acendeu o alerta amarelo em relação à baixa umidade do ar, que está variando entre 30% e 20%. Com essas condições, é preciso redobrar os cuidados quanto aos riscos à saúde, já que a umidade do ar baixa pode causar ressecamento na pele, desconforto nos olhos, boca e nariz, obstrução das vias respiratórias, sangramento nasal, entre outros.

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