JOÃO AGUIAR E LEANDRO MAIA
DAFFINY DELGADO
Após sessão na Câmara de Vereadores, na manhã desta terça-feira (14), o vereador Tenente Coronel Paccola (Republicanos) se manifestou novamente sobre a morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, no último dia 1º. Paccola disse ser vítima de “trituração pública”.
Em manobra do vereador Sargento Vidal (Pros) que apresentou requerimento para que o processo seja encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça para receber um parecer, a votação sobre o pedido de afastamento do parlamentar foi deixado para agosto.
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Nitidamente incomodado com a exposição do, Paccola disse que está sendo “triturado por uma máquina financiada com dinheiro público”. O vereador investigado também afirmou que “foi publicada uma série de inverdades sobre o fato”.
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Durante fala no Plenário, momentos antes, o parlamentar também insistiu com o discurso em que sugere responsabilizar a vítima.
Segundo ele, Miyagawa também teria sido culpado por sua morte, já que Alexandre, no entendimento de Paccola, estava armado na noite do crime, sob o efeito de bebida alcoólica, e discutia com a esposa, que estaria da mesma forma embriagada, também deveria ser responsabilizada pelos fatos.
“Estão querendo transformar ele em um santo, não é porque ele teve a vida ceifada que os atos de irresponsabilidade poderão ser desconsiderados”, enfatizou ao dizer que espera que justiça seja feita sobre sua inocência ao mencionar que agiu como policial.
Paccola diz que é solidário à dor da família que sofre com a morte de Miyagawa. “Eu lamento profundamente a morte do Alexandre. Estou de luto até hoje pela família. Eu não queria que isso tivesse acontecido”, disse.