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Cuiabá, 18 de Setembro de 2024
18 de Setembro de 2024

13 de Setembro de 2024, 09h:44 - A | A

GERAL / EFEITO QUEIMADAS

Pescadores resgatam pintados que agonizavam em parte seca do Rio Paraguai; veja vídeo

O Rio Paraguai alcançou a marca história de 24 cm, a mais baixa em 58 anos.

VANESSA MORENO
DO REPORTÉR MT



Um grupo de pescadores às margens do Rio Paraguai, assustados com o baixo nível da água, fizeram o resgate de uma grande quantidade de peixes das espécies pintado e cachara. Eles aparecem em vídeos que circulam na internet, gravado na tarde da última quarta-feira (11), usando baldes para transportar os animais que agonizavam nas áreas mais baixas do rio, para a parte com maior profundidade.

Nas imagens é possível ver os peixes com parte do corpo para fora da água barrenta. “Imagina quanto lugar que deve estar nessa situação. Por isso que vai acabando os peixes do Pantanal”, disse um dos pescadores, responsável pelo registro dos vídeos.

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Durante a execução da ação, eles ressaltam o quanto a atitude é importante para as futuras gerações e combinam de continuar os trabalhos no dia seguinte. “Vamos fazer a nossa parte, o resto deixa na mão de Deus”, afirmou.

O Rio Paraguai é o principal rio do Pantanal. De acordo com o último Boletim de Monitoramento Hidrológico, publicado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), também na última quarta, o Rio Paraguai alcançou uma marca histórica de 24 cm, o nível mais baixo desde 1966. O esperado para o período era de no mínimo 60 cm.

Já segundo um levantamento feito pelo Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), este é o pior período de seca em todo o país, entre os meses de maio e agosto, desde 1980.

A estiagem severa também é a principal causadora dos incêndios florestais, que vem afetando gravemente os rios, a fauna e a flora. Em Mato Grosso, mais de 1.000 militares trabalham em regime de revezamento no combate desses incêndios.

Nesta quinta-feira (12), 974 focos de calor foram registrados pelo Programa BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que faz monitoramento por satélite. Desses, 478 se concentram no Cerrado, 265 na Amazônia e 231 no Pantanal.

Veja o vídeo do resgate dos peixes:

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