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Cuiabá, 30 de Dezembro de 2024
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17 de Julho de 2014, 12h:26 - A | A

NACIONAL / BRASÍLIA

Após reunião de presidentes, Brasil e China assinam 32 atos de cooperação

Acordos foram firmados em setores como o de comércio, ciência e energia.

G1



Os governos de Brasil e China assinaram, em cerimônia no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (17), 32 atos de cooperação entre as duas nações em diversos setores, como a área comercial, de ciência e tecnologia, defesa, energia, educação e aviação civil. Os acordos foram assinados após reunião entre o presidente chinês, Xi Jinping, e a presidente Dilma Rousseff.

Mias cedo, Xi Jinping havia sido recebido no palácio com honras de chefe de Estado. Ele subiu a rampa ao lado da presidente e ouviu a execução dos hinos nacionais dos dois países. Também assistiu, do parlatório, desfile da cavalaria militar do Exército brasileiro.

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A China é considerada pelo governo do Brasil “o principal parceiro comercial". Segundo o Itamaraty, o país asiático é o principal destino das exportações brasileiras e, em 2013, o comércio entre os dois países foi superior a US$ 83 bilhões.

“O balanço [dos negócios entre Brasil e China] não poderia ser mais positivo, e o futuro não poderia ser mais promissor. Nossas relações, que configuram uma parceria verdadeiramente estratégica, desenvolvem-se com velocidade inédita em diversas áreas de cooperação”, disse a presidente após a assinatura dos atos.
 

Xi Jinping participou nesta semana da VI Cúpula do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que teve reuniões em Fortaleza e em Brasília. Na capital federal, nesta quarta (16), houve sessão de trabalho do Brics com mais 11 presidentes de países sul-americanos.

Dilma afirmou também que discutiu com o colega chinês temas da agenda bilateral e assuntos internacionais, como os conflitos no Oriente Médio, em especial na Faixa de Gaza. Segundo Dilma, eles conversaram também sobre segurança cibernética.

“Reiteramos ainda a importância das relações financeiras em decorrência natural da crescente interação econômica entre os países. (…) Observamos também que em um quadro internacional adverso, em que persiste a crise econômica, os países [Brasil e China] têm se mostrado capazes de manter e ampliar suas políticas de crescimento econômico”, afirmou Dilma.

Organismos internacionais
 

A presidente afirmou ainda que Brasil e China defendem mudanças nas instituições econômicas e políticas internacionais,mas não citou um órgão específico. Durante a VI Cúpula dos Brics, foi anunciada a criação de um banco do grupo, o Novo Banco de Desenvolvimento, que terá capital inicial de US$ 50 bilhões e objetivo de financiar projetos de infraestrutura em países emergentes.

“Nossos países têm papel importante a cumprir no processo necessário e urgente da reforma das instituições econômicas e políticas mundiais”, destacou Dilma ao presidente chinês.

A presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, em carta enviada a Dilma nesta quarta (16), saudou a criação do banco e afirmou que o fundo irá trabalhar com os países quem compõem os Brics.

Reunião 'frutífera'


Xi Jinping discursou no evento logo após a presidente Dilma Rousseff. Ele afirmou que a viagem ao Brasil teve o objetivo de “fortalecer estratégias para criar um futuro mais próspero para as nações”.

O presidente chinês disse ainda que a reunião foi “profunda e frutífera” para o “crescimento contínuo e estável do comércio bilateral”, um dos principais assuntos tratados entre ambos os países.

“Cooperação é o nosso principal relacionamento, vamos estreitar ainda mais o intercâmbio para ampliar o conhecimento mútuo”, disse Xi Jiping.

Ele também afirmou que os eventos sediados pelo Brasil nas últimas semanas, a Copa do Mundo e os Brics, foram “bem-sucedidos”.

“Permitam-me também aproveitar esta oportunidade para externar as calorosas congratulações ao Brasil pela atuação bem-sucedida do Mundial e da Cúpula do Brics”, completou.

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