DANIELLE RUIZ
A prática do autocuidado é fundamental para alcançar resultados consistentes no ambiente profissional. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde mental como um estado de bem-estar no qual o indivíduo reconhece suas capacidades, lida com os estresses normais da vida, trabalha de forma produtiva e contribui para sua comunidade.
A negligência com a saúde mental tem consequências econômicas significativas. A estimativa é de que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido à depressão e à ansiedade, resultando em um custo de quase 1 trilhão de dólares para a economia global, conforme dados de 2022 da OMS e Organização Internacional do Trabalho (OIT).
No Brasil, os transtornos mentais são a terceira maior causa de afastamentos laborais, representando 9% dos benefícios concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Portanto, incorporar práticas de autocuidado na rotina diária é uma estratégia eficaz para mitigar esses impactos. Atividades como exercícios físicos, técnicas de mindfulness e meditação são comprovadamente benéficas.
Além disso, uma alimentação equilibrada e um sono de qualidade são pilares essenciais para manter a saúde mental em dia. Como a maioria de nós passa grande parte do tempo no trabalho, as empresas desempenham um papel crucial na promoção do autocuidado ao incentivar pausas regulares, implantar programas de bem-estar que envolvem a comunicação aberta sobre saúde mental.
A criação de uma cultura organizacional que valorize o bem-estar emocional não apenas melhora a qualidade de vida dos colaboradores, como contribui para o sucesso sustentável da empresa a partir de ações que valorizem autocuidado, respeito aos limites, aperfeiçoamento profissional (novos conhecimentos), tempo de descanso, hobbies, conexão com família e amigos, mas, com equilíbrio.
Aliás, a felicidade já tem sido utilizada como indicador do grau de performance no trabalho desde 2019. Um estudo da Saïd Business School, parte da Universidade de Oxford, no Reino Unido, intitulado “A felicidade melhora a produtividade do trabalhador?” descobriu que trabalhadores mais felizes eram 12% mais produtivos do que os infelizes e ainda cometiam menos erros. Esse aumento na produtividade pode ser atribuído a vários fatores, como maior motivação, engajamento, foco e criatividade.
Neste ‘Janeiro Branco’, é importante refletirmos. Apesar da diferença sociocultural entre os países, a valorização da saúde mental como parte do planejamento individual e organizacional representa um caminho seguro para as organizações que buscam perenidade em um mercado cada vez mais competitivo e globalizado. Vamos avançar juntos? Que 2025 seja um grande ano para todos nós!
Danielle Ruiz, palestrante e coaching de alta performance, Master programação neurolinguística, Gestão de Equipes, A ciência do bem-estar pela Universidade de Yale.