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Cuiabá, 06 de Fevereiro de 2025
06 de Fevereiro de 2025

06 de Fevereiro de 2025, 15h:04 - A | A

OPINIÃO / JOSÉ ALEXANDRE

Fevereiro Roxo: Conscientização sobre o Alzheimer

JOSÉ ALEXANDRE



A Doença de Alzheimer foi descrita pela primeira vez em 1906 pelo médico alemão Alois Alzheimer e hoje é considerada um dos maiores desafios da saúde pública no mundo, afetando milhões de pessoas e suas famílias.

Essa condição neurodegenerativa impacta as funções cognitivas, principalmente a memória levando a prejuízos funcionais que afetam a capacidade de realizar atividades de vida diária.
Atualmente, estima-se que cerca de 55 milhões de pessoas vivam com Alzheimer ou outras formas de demência. Projeções indicam que esse número pode atingir 139 milhões até 2050, principalmente devido ao envelhecimento populacional.

No Brasil, a Doença de Alzheimer também representa um desafio crescente. Em 2019, estimava-se que aproximadamente 1,8 milhão de brasileiros conviviam com a doença. Projeções apontam que esse número pode chegar a 5,7 milhões em 2050.
Embora a idade e a genética sejam fatores de risco inalteráveis, há diversas medidas que ajudam a reduzir as chances de desenvolver Alzheimer, dentre elas:

* Alimentação saudável: A dieta mediterrânea, rica em frutas, vegetais, peixes e azeite de oliva, contribui para a saúde cerebral.

* Exercícios físicos e mentais: Caminhadas, leitura e jogos de raciocínio mantêm o cérebro ativo.

* Sono de qualidade: Dormir bem reduz o acúmulo de proteínas associadas à doença.

* Controle de doenças crônicas: Hipertensão, diabetes e colesterol alto podem aumentar o risco da doença.

* Interação social: Participar de atividades em grupo e manter vínculos sociais fortalece a saúde mental.

Os sintomas iniciais da doença incluem esquecimentos frequentes, dificuldade para encontrar palavras e desorientação. O diagnóstico é feito por meio de testes cognitivos, exames de imagem, avaliação clínica e atualmente os biomarcadores. Quanto mais cedo a doença for detectada, mais eficazes podem ser as intervenções para retardar sua progressão.
Atualmente, não há cura para o Alzheimer, mas os tratamentos atualmente disponíveis no Brasil podem retardar sua evolução e melhorar a qualidade de vida. O acompanhamento médico e terapias complementares, como musicoterapia e estimulação cognitiva, ajudam a manter a autonomia do paciente por mais tempo.
Os cuidadores desempenham um papel fundamental e precisam de apoio para lidar com os desafios do dia a dia. Adaptações no ambiente, paciência e redes de apoio são essenciais para o bem-estar tanto do paciente quanto da família.

 

José Alexandre Jr. é médico neurologista

 

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