FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT
O presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000 (PL), afirmou, nesta terça-feira (19), que há dúvidas sobre o andamento do processo que pode cassar o vereador Paulo Henrique (MDB). O principal questionamento é o fato do parlamentar está afastado do cargo, por medida judicial.
Segundo Chico 2000, a Procuradoria da Casa é que terá que esclarecer a situação.
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“Não posso submeter qualquer processo em votação, se tenho dúvida sobre ele. O vereador Paulo Henrique está afastado judicialmente do mandato. A Procuradoria precisa falar se cabe essa votação com ele afastado do mandato”, disse Chico à imprensa.
“Como que vai cassar quem está afastado? Ele está afastado desse mandato, nesse período ele está fora”, completou.
Paulo Henrique responde a um processo na Comissão de Ética desde que foi alvo da Operação Pubblicare, deflagrada pela Polícia Federal, contra um esquema de lavagem de dinheiro entre membros de uma organização criminosa e agentes públicos.
Relatório pronto
Nesta terça-feira, o vereador Kássio Coelho (Podemos) disse que o relatório da Comissão de Ética, no caso do vereador Paulo Henrique, deverá ser concluído ainda nesta semana. Na sequência, cabe ao presidente do Legislativo, vereador Chico 2000 (PL), é quem define quando o tema vai para o plenário.
“Eu pegando hoje a documentação, o relatório fica pronto essa semana ainda. um relatório curto, como foram os outros relatórios que eu fiz nas outras comissões que eu fui relator. a gente vai dar sequência aí para finalizar essa semana, para entregar para o presidente pra vir pro plenário aí porque a sociedade tá cobrando resposta”, afirmou em conversa com a imprensa na terça-feira (19).
O vereador Paulo Henrique não apresentou defesa em nenhuma das etapas do processo administrativo. Para Kássio Coelho, há precedente para que o caso avance e seja levado ao plenário mesmo assim.
Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual, Paulo Henrique é apontado como o líder da facção no esquema de lavagem de dinheiro que usava casas noturnas de Cuiabá para tornar lícitos os valores obtidos com as ações criminosas.
O juiz Jean Garcia de Freitas, da 7ª Vara Criminal da Capital, aceitou a denúncia e Paulo Henrique se tornou réu, na última semana.
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