MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO
Uma liminar da Justiça revogou a escolta da juíza aposentada e pré-candidata ao Senado Selma Arruda (PSL), mas ela já conseguiu viabilizar uma escolta particular, a partir de um grupo empresarial, simpático a sua campanha, que se ofereceu voluntariamente para prestar o serviço.
Conforme apurou o , a escolta privada foi oferecida durante uma reunião em um hotel da Capital, quando discutiam as próximas estratégias da pré-campanha de Selma.
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O objetivo em oferecer a escolta estaria ligado a uma estratégia de marketing da empresa, no sentido de conquistar novos clientes no setor de segurança privada.
Sobre a liminar da Justiça, que retirou temporariamente a escolta oferecida pelo governo do Estado, Selma disse, por meio de sua assessoria, que respeita a decisão.
No entanto, conforme apurado, o juiz que concedeu a liminar, Mirko Vincenzo Giannotte, da Vara Especializada de Fazenda Pública de Sinop, é um antigo inimigo dela. Por isso, ela não teria ficado surpresa com a decisão desfavorável.
Na ultima terça-feira (12), o governador Pedro Taques (PSDB), por meio de um decreto no Diário Oficial, havia concedido a escolta a Selma, que seria ‘bancada’ pelo Poder Executivo.
Para conceder o benefício, Taques argumentou que pela lei estadual o governador tem a premissa de oferecer proteção a autoridades do Governo e também a outras personalidades, caso o Estado entenda que essa pessoa corra risco de morte.
O Governo, por meio de nota, informou que irá cumprir a decisão do TJ e suspender a segurança oferecida à juíza.
Ainda na nota, o governador Pedro Taques (PSDB) reforçou que "não agiu desrespeitando o Poder Judiciário, pois não foi feita uma avaliação da decisão da Comissão de Segurança do Egrégio Tribunal de Justiça, que havia decidido pela suspensão do serviço à magistrada aposentada", ressalta trecho da nota em que informa que o governador fez uma análise de um pedido administrativo e aceitou a solicitação com base em premissas legais.
Anteriormente, Selma possuía escolta concedida pelo Poder Judiciário, mas o benefício foi revogado em definitivo por meio da Comissão de Segurança do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT ). Essa decisão ocorreu na terça-feira passada (12).
Selma, quando juíza, ficou conhecida por sua atuação na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, onde condenou por corrupção figuras de expressão no mundo político e empresarial, como é o caso do ex-deputado José Riva e do ex-governador Silval Barbosa.
Ela afirma que até hoje, mesmo aposentada, ainda sofre ameaças por sua atuação na vara criminal.
OAB
A Ordem dos Advogados do Brasil (AOB – seccional MT) já se manifestou publicamente contra a postura do governador em conceder a escolta – bancada com dinheiro público – à juíza aposentada.
O presidente da OAB, Leonardo Campos, detalhou que o Governo não pode ser uma instância recursal, e que a medida fere os princípios da impessoalidade, moralidade e legalidade, conforme estipula o artigo 37 da Constituição.
A liminar do juiz de Sinop, segue na mesma linha de raciocínio. Ele acrescenta ainda que enxerga na postura do Governo interesses partidários, no sentido de cooptar Selma para a sua base aliada. Taques deve concorrer à reeleição.
Carlos Nunes 18/06/2018
A Juíza SELMA merece...corajosa, bateu de frente com o crime organizado, as facções, as máfias de Mato Grosso, os corruptos. É a melhor candidata à Senadora, pois, se eleita, irá representar muito bem o Estado e moralizar o Congresso Nacional. O Brasil é mesmo o país das inversões de valores, enquanto os americanos, dão pela University of Notre Dame, o título de Doctor Laws Honoris Causa, ao juiz MORO, pelos relevantes serviços prestados no combate à Corrupção...aqui no Brasil puxam o tapete da Juíza SELMA, retirando sua Segurança, e a jogando nas garras dos criminosos. Vai que um daqueles chefões que a Juíza colocou na cadeia, resolve se vingar. ìamos chorar a morte da Juíza. Como diz o ditado: Seguro morreu de velho.
MARIA TAQUARA 18/06/2018
Ficou muito claro nos últimos anos como esses auxílios de empresários a agentes do estado funciona.
O Curioso 18/06/2018
O Polícia federal tem que ficar de olho, para verificar se os "seguranças" tem autorização para desempenharem essa atividade.
3 comentários