APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O secretário-chefe da Casa Civil, Fabio Garcia (União), criticou o pacote de corte de gastos anunciado pelo Governo Federal nesta semana. Para o secretário, que é deputado federal licenciado, o país esperava por corte na máquina e o que foi observado não supriu essa expectativa.
“O Brasil esperava antes de mais nada, quando foi anunciado, corte de gastos, redução do tamanho da máquina, corte do número de ministérios, corte do orçamento real dos Poderes para que a gente pudesse ter um país mais eficiente, máquinas públicas mais baratas, que custem menos ao cidadão e que portanto exijam uma tributação menor. A gente viu um tímido corte de gastos e, portanto, por isso frustrou a todo o Brasil e a todo o mercado”, disse Garcia, em conversa com a imprensa, nessa sexta-feira (29).
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Na quarta-feira (27), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou as medidas que incluem a limitação do crescimento do salário mínimo, a redução do número de pessoas com direito ao abono salarial e a mudança nos benefícios dos militares. A ideia é que as medidas ajudem o Executivo Federal a economizar R$ 70 bilhões nos próximos dois anos.
Simultaneamente, foi anunciada a isenção do Imposto de Renda para pessoas que recebem até R$ 5 mil mensais - cerca de 20 milhões de brasileiros -, e o aumento em 10% do imposto pago por quem ganha a partir de R$ 50 mil por mês - algo como 100 mil pessoas.
Conforme o governador Mauro Mendes (União), o corte de receitas proposto vai fazer Mato Grosso perder cerca de R$700 milhões por ano.
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“A situação fiscal do Brasil já está afetando a vida de todos os brasileiros. Você está vendo gasolina a R$ 6,10 nas bombas, inflação voltando com muita força, produtos aumentando no supermercado. No mês de outubro, o aumento dos produtos no supermercado foi da ordem de 1%, isso quer dizer que se nesse ritmo continuar, em 12 meses serão 12% de aumento, que consomem a renda do brasileiro”, disse o secretário.
“Portanto, o caminho do Brasil é redução de gasto público, redução de máquina, corte de gasto. Não aumento de imposto. Este não é um caminho bom para o país, aumentar tributação, mas sim trazer eficiência e controlar o gasto público”, concluiu.