facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 21 de Dezembro de 2024
21 de Dezembro de 2024

02 de Dezembro de 2021, 07h:50 - A | A

PODERES / ESTRATÉGIA FURADA

Oposição tem 10 pedidos de comissão processante, mas não crê em cassação de Emanuel

Vereador Marcos Paccola afirmou que pedidos estão prontos para serem protocolados, mas sabe que não terão votos suficientes

CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO



Os vereadores de oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) planejam insistir com os pedidos de abertura de uma comissão processante para investigar o gestor. No entanto, não acreditam na cassação do mandato porque a base do gestor, na Câmara Municipal, deve votar contra.

A Comissão Processante é um instrumento para apurar infrações político-administrativas cometidas pelo prefeito, e tem prazo regimental de 90 dias para sua conclusão. Caso sejam apontados indícios de crime, o gestor pode ter o mandato cassado.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Atualmente, a Câmara de Cuiabá já analisou e rejeitou cinco pedidos de comissão. Dois deles foram apresentados por vereadores. De acordo com o vereador Tenente-coronel Paccola (Cidadania), há ainda outros 10 pedidos prontos para serem protocolados, um após o outro, caso sejam rejeitados.

Paccola destacou que, além de serem embasados na Operação Capistrum, que resultou no afastamento de Emanuel Pinheiro da Prefeitura por quase 40 dias, os pedidos emprestam elementos de outras investigados. Uma delas é a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Medicamentos, movida na própria Câmara de Cuiabá.

Conforme o adiantou, o relatório final da CPI será apresentado na sexta-feira (3) e contém indicação para indiciamento de mais de 15 pessoas, dentre elas o prefeito.

Leia mais - CPI dos Medicamentos quer indiciar Emanuel e outras 14 pessoas

A expectativa é que, sendo embasado pelo relatório, o novo pedido de comissão processante capte mais dois votos favoráveis, do presidente da CPI, vereador Lilo Pinheiro (PDT), e do relator, Marcus Brito Jr (PV).

Dessa forma, a oposição precisaria de apenas mais um voto para garantir a maioria simples de 13 votos favoráveis à abertura da investigação. Isso porque o último pedido apreciado, feito pela vereadora Edna Sampaio (PT), já obteve 10 votos favoráveis.

Apesar disso, Paccola disse não acreditar que, mesmo com as investigações, Emanuel Pinheiro possa ter o mandato cassado pela Câmara.

"Mesmo com a comissão instaurada, eu não acredito na cassação do prefeito Emanuel Pinheiro, porque precisam de 17 votos e hoje ele tem, pelo menos, oito ou nove vereadores dentro do parlamento que não abrirão mão de todos os cargos e estruturas disponíveis para se manterem vereadores ou se elegerem deputados", ponderou.

Paccola finalizou avaliando que, em relação a Emanuel, os fatos apontados contra o prefeito são os que menos influenciam os vereadores de base a votarem sobre os pedidos de investigação. Segundo ele, as maiores influências são o clima político e a pressão da população.

Leia ainda

Vereadores de Cuiabá rejeitam pedidos para abrir Comissão Processante contra Emanuel

Comente esta notícia