CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
No seu primeiro ano da segunda gestão, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), ainda precisou lidar com a pandemia da covid-19, travou fortes discussões - inclusive judiciais - contra a mudança do modal de transporte VLT pelo Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), entregou e anunciou obras de infraestrutura e mobilidade, e enfrentou ao menos quatro operações policiais na Prefeitura.
Com relação à pandemia, Emanuel anunciou, logo no início do ano, a proibição de festas de carnaval para 2021, em razão do momento da pandemia. À época, a taxa de contaminação estava em alta, após o período de festas de fim de ano. Mas foi também logo no início, ainda em janeiro, que a Capital iniciou a vacinação contra o vírus, em uma ação articulada com o Estado e o Ministério da Saúde.
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Emanuel tentou conseguir doses extra de vacinas com o presidente Bolsonaro
Para tentar acelerar a vacinação, Emanuel se juntou a uma Frente Nacional de Prefeitos para criar um comitê e buscar negociar a compra de imunizantes por fora, além das doses que já eram enviadas pelo Ministério da Saúde. Entretanto, a medida não se mostrou frutífera e Emanuel passou a insistir com o próprio Governo Federal para o envio de mais doses.
O prefeito ainda retornou com o toque de recolher e proibiu o funcionamento de casas de shows e boates em meados de março, quando a pandemia estava em seu pico neste 2021. Mais no final do ano, o uso de máscaras faciais se tornou facultativo em locais públicos, mas entrou em vigor o passaporte da vacina para entrada em locais coletivos. Festas de fim de ano também foram canceladas.
Já na área do transporte, Emanuel anunciou e entregou uma frota nova de ônibus, com mais de 100 carros. Dos veículos, segundo a prefeitura, 90 são climatizados, e todos seriam adaptados ao modelo do BRT, caso a decisão final sobre o novo modal de transporte seja essa.
Sobre esse mesmo tema, o prefeito brigou, durante todo o ano, contra a implantação do BRT. Embora afirme não ser contra o modal, Emanuel defende que a população deve ser consultada antes do governo estadual bater o martelo em relação ao que será implantado na Capital.
RepórterMT
Emanuel chegou a decretar toque de recolher na Capital
Emanuel chegou a criar um comitê técnico para estudar a mudança do modal. O caso chegou a tramitar na Justiça, mas, até o momento, não há nenhuma decisão que impede o Governo de Mato Grosso de implantar o BRT em Cuiabá.
Também neste 2021, dentre asfaltamento, praças e revitalizações de espaços anunciados pela Prefeitura, Emanuel entregou o viaduto Murilo Domingos, sobre a avenida Beira Rio. A obra custou cerca de R$ 18 milhões e teve a construção iniciada em meados de 2020. Segundo o prefeito, a falta de materiais atrasou a entrega.
Emanuel também anunciou novas obras de grande porte para infraestrutura de Cuiabá: um viaduto no trevo do bairro Santa Rosa, e uma trincheira próxima ao Círculo Militar, ambos na avenida Miguel Sutil. A expectativa é que as obras sejam lançadas no mês de abril de 2022, em comemoração ao aniversário da Capital.
Cuiabá ainda viu iniciar as obras de construção da Avenida Contorno Leste, ao custo de R$ 125 milhões, e que deverá beneficiar 50 bairros ao longo dos seus 17 quilômetros.
Contudo, o ano também foi marcado pela denúncia de medicamentos vencidos - que originou uma CPI na Câmara dos Vereadores e resultou na troca da empresa gerenciadora do Centro de Distribuição de Medicamentos.
Luiz Alves
O ano também registrou cinco operações policiais no Executivo, sendo elas: a Curare e a Colusão, deflagradas pela Polícia Federal contra esquema de suposta organização criminosa na Saúde da capital; Autofagia, da Polícia Civil, contra esquema de rachadinha da Saúde; a Sinal Vermelho, na qual a Polícia Civil apurou prejuízos na compra dos semáforos inteligentes de Cuiabá; e a Capistrum, que resultou no afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro do cargo, pelo prazo de 37 dias. Essa operação atingiu ainda quatro servidores e a primeira-dama, Márcia Pinheiro.