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Cuiabá, 12 de Março de 2025
12 de Março de 2025

03 de Outubro de 2018, 14h:00 - A | A

PODERES / CONTAS DE CAMPANHA

Publicitário diz que Selma pagou pessoalmente por medo de desvio no PSL

Brasa prestou serviços à candidata até o início de setembro, mas foi substituído pelo jornalista Kleber Lima.

MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO



O publicitário Luiz Gonzaga Junior, conhecido como Junior Brasa, disse em depoimento ao Ministério Público Eleitoral ter recebido R$ 700 mil da candidata ao Senado Federal Selma Arruda (PSL) durante a pré-campanha. A medida de pagar pessoalmente o marqueteiro teria sido tomada para evitar que o dinheiro passasse pelo PSL e não chegasse a seu destino correto.

Os valores não constam na prestação de contas parcial enviada pela candidata ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Na prestação de contas parcial consta o extrato de uma transferência bancária para a Genius At Work Produções Cinematográficas no valor de R$ 230 mil, feita em 28 de agosto.  A empresa é de propriedade de Brasa.

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O depoimento foi prestado à procuradora regional eleitoral, Cristina Nascimento de Melo, no dia 01 de outubro. Brasa entrou na Justiça para receber R$ 1,16 milhão remanescente s de serviços prestados e não pagos, além de multa contratual, da campanha de Selma. A candidata, por sua vez, entrou com uma queixa-crime acusando Brasa de ter praticado extorsão e chantagem para receber os valores e atingir sua campanha.

"Indagado sobre a notícia de que foi representado através de queixa-crime por Selma Arruda inicialmente informou: Que não leu a íntegra do documento; Que não participou de ato de chantagem ou extorsão, nem de ação política para prejudicar a referida candidata"

Na chamada “fase um”, de pré-campanha, nove pessoas foram contratadas por Brasa, sendo que o total de colaboradores teria chegado próximo a 40. A campanha tinha poucos recursos, segundo o marqueteiro, e Brasa disse ter sido informado por Selma que o "suplente do agronegócio que através do autofinanciamento da campanha seria quem poderia financiá-la". O suplente seria Gilberto Possamai (PSL). Selma teria dito ter receio de passar o dinheiro ao PSL e o partido não honrar com as dívidas da campanha ao Senado.

A candidata ainda teria informado Brasa de que a forma de contratação da agência estaria de acordo com o permitido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

O marqueteiro declarou ter começado a prestar serviços a Selma em abril deste ano. O acordo era para o pagamento de R$ R$ 700 mil na pré-campanha e mais R$ 330 mil na campanha eleitoral em si. A agência prestaria serviços de "marketing eleitoral, desenvolvimento das redes sociais, do site da campanha, da assessoria de imprensa e da gravação de todos os programas eleitorais, mais todos os vídeos necessários para uso nas redes sociais".

"Indagado sobre a notícia de que foi representado através de queixa-crime por Selma Arruda inicialmente informou: Que não leu a íntegra do documento; Que não participou de ato de chantagem ou extorsão, nem de ação política para prejudicar a referida candidata", disse Brasa em seu depoimento.

O contrato foi fechado em 04 de abril e o primeiro pagamento teria sido feito no dia 09 do mesmo mês. Brasa afirma que Selma honrou os compromissos da pré-campanha, quitando inclusive duas pesquisas contratadas pela agência junto à Vetor Pesquisas.

Durante os trabalhos, houve divergências entre o marqueteiro e a candidata. Brasa disse que Selma contratou o jornalista Kleber Lima, inicialmente, para colaborar com a Genius. Em um momento posterior, Kleber teria sido alçado a coordenador, tornando a Genius apenas fornecedora da campanha. O jornalista e o marqueteiro teriam divergido em questões de estratégia e o contrato com a agência foi rompido.

"Questionado sobre o ajuizamento da ação, afirma que tentou negociar por diversas vezes a dívida contratual, mas as tentativas que foram infrutíferas; que a dívida é por volta de R$ 1,16 milhão com multa; que aceitaria receber parceladamente em três vezes; que fez uma proposta de acordo de R$ 360 mil parcelado em três vezes, retirando o valor da multa; que prorrogou o prazo por várias vezes para receber o pagamento; que não emitiu a nota fiscal em que pese tenha sempre indagado a candidata sobre a quem deveria emitir a nota", disse Brasa em seu depoimento.

O dono da Genius relatou que atrasos são normais em campanhas eleitorais e que não romperia o contrato por não receber em dia, apenas ajustaria o contrato.

Brasa informou que o contrato da pré-campanha não chegou a ser formalmente assinado, mas teve início assim mesmo com a prestação dos serviços. O marqueteiro afirmou que a candidata "nunca se negou a assinar" o contrato.

O último serviço teria sido prestado em 04 de setembro e o contrato, já assinado em data não informada pelo marqueteiro, estava com o CNPJ da campanha. Selma e um colaborador identificado como Élcio faziam os apagamentos, sempre por transferência bancária, segundo Brasa.

O dono da Genius disse que "ajuizou a ação sabendo dos reflexos na campanha da candidata, mas que era a candidata que deveria ter se preocupado com isso ao não honrar com seus compromissos". Ele ainda negou ter sido procurado por partidos ou candidatos.

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Carlos Nunes 03/10/2018

Agora seria o momento propicio pra perguntar pra esse senhor, e pra todos os publicitários que tão fazendo campanha pros políticos: Vocês, quando atendem um cliente, fazem coisas que ferem a Lei Eleitoral? Fazem campanhas fora da hora, irregulares, inadequadas, ilegais? Se a resposta for NÃO, estão corretos, o assunto morreu. Mas se a resposta for SIM, é bom a PF, o MP, e outros Órgãos fiscalizadores abrirem a Caixa Preta dessa firma, e das outras também. Pois é, exatamente nesse período que elas faturam mais com os candidatos. Caberia uma Auditoria, pois fizeram trabalhos pra candidatos a governador, a senador, a deputado federal e estadual. Se eu tivesse uma firma idônea, honesta, de publicidade e um candidato me procurassse, eu faria só o que a Lei Eleitoral permitissse...qualquer coisa fora disso, eu diria pro candidato: agora não é possível fazer isso. Porque a firma estaria cometendo também um crime eleitoral...

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DIFUSOR DE LOROTAS 03/10/2018

HAHAHAHAHAHA - QUEM SERÁ O MAIOR BENEFICIADO POR ESSA ESTÓRIA? OINC OINC

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2 comentários