APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O vereador Demilson Nogueira (PP), relator das contas do prefeito Emanuel Pinheiro na Comissão de Execução Orçamentária da Câmara Municipal, disse nesta quinta-feira (15) que a tendência é que o Legislativo Municipal acompanhe o Tribunal de Contas do Estado (TCE) na reprovação.
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“Para ele (Emanuel) derrubar o parecer do Tribunal aqui na Câmara ele precisa de dois terços da composição da Câmara, ou seja, ele precisa de 17 votos. A base dele é composta por 16 vereadores. A oposição tem 8 e ainda tem a vereadora Edna, que age em conformidade com a opinião do partido dela, do PT. Dentre os vereadores da base do prefeito, por exemplo, Rogério Varanda (MDB) já falou que vota pela rejeição das contas, Kássio Coelho (PRD) já disse que vota pela rejeição das contas e alguns outros também têm manifestado essa intenção de votar pela rejeição das contas. Então, eu diria para você que não existe chance alguma de as contas do prefeito serem aprovadas pela Câmara”, disse ao RepórterMT.
Segundo o vereador, o relatório será votado em conjunto com a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara no próximo dia 21. Em seguida, cabe ao presidente da Casa, Chico 2000 (PL), definir quando a matéria entra na pauta de discussões.
Conforme o parlamentar, há um desconforto entre os vereadores da base em se colocarem publicamente ao lado do prefeito, que, em fim de mandato, vem acumulando derrotas no Judiciário e nos órgãos de controle. Para Demilson, a tendência é que a Casa mantenha a tradição de acompanhar o entendimento do TCE.
“A Câmara tem uma tradição de acompanhar a opinião do Tribunal de Contas e do Ministério Público de Contas. Então, eu diria para você que as chances do prefeito mudar isso são praticamente zero, praticamente zero”, concluiu.
Arte do convencimento
No último dia 13, Emanuel afirmou que irá na Câmara Municipal tentar convencer os vereadores para que não sigam a recomendação do TCE.
Ele explicou que ainda tem tempo para fazer essa articulação, mas adiantou que durante sua defesa, deverá apresentar o voto "técnico" do conselheiro Valer Albano que foi o único a votar pela aprovação das contas do prefeito.
"Eu não conversei com nenhum dos vereadores sobre as contas ainda, respeito demais a harmonia e independência dos poderes e cada vereador tem sua consciência. Da minha parte vou fazer meu trabalho, vamos levar o voto do conselheiro Valter Albano que foi um voto extremamente técnico e que contrapõem o voto do conselheiro Antonio Joaquim", disse.
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