CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO
O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que as críticas que tem sofrido por parte dos ex-aliados, como o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta, ocorrem por ele ter agido conforme sua opinão e não conforme solicitaram.
Para o governador, por terem dinheiro, pensaram que poderiam manipular suas decisões.
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"Algumas pessoas pensam que porque têm muito dinheiro, são milionárias, bilionárias, poderiam me mudar. Não mudei e não vou mudar. Não é o fato da pessoa ser milionária, de ter o sonho de ser governador, de estar muito tempo na fila e eu furei a fila, que vai querer mandar em mim", disse Taques em entrevista à rádio Vila Real, nesta terça-feira (17).
O tucano diz que recebeu muitas opiniões dos então aliados, mas ponderou os prós e os contras e decidiu tomar suas próprias decisões.
"Não mudei e não vou mudar. Não é o fato da pessoa ser milionária, de ter o sonho de ser governador, de estar muito tempo na fila e eu furei a fila, que vai querer mandar em mim", disse Taques.
"Eu ouço as pessoas e avalio as opiniões. Se as pessoas entenderam naquele momento das eleições que poderiam mandar em mim, entenderam errado e tardiamente descobriram a verdade, que eu tenho opinião própria, apesar de não ser bilionário. Por exemplo, alguns defendiam que eu vendesse a Unemat, outros defendiam que eu não deveria pagar o salário dos professores, são opiniões que eu não concordo. Por isso que parte da classe política não me tolera e é bom que não me tolere mesmo".
O governador considerou que os ex-aliados quiseram colocar "cabresto" nele, mas se decepcionaram ao perceber que ele não é "vaquinha de presépio".
"Não sou Maria vai com as outras. Eu fui eleito governador de Mato Grosso. O retrato que está lá é meu", lembrou.
"Não sou Maria vai com as outras. Eu fui eleito governador de Mato Grosso. O retrato que está lá é meu", lembrou.
Quanto às críticas feitas por Pivetta e pelo ex-governador Júlio Campos, Taques manda um abraço.
"Quero dizer aos que fazem críticas, um abraço a eles, que tirem o ódio do coração", ironizou.
Na semana passada, Pedro Taques já havia afirmado que a oposição “só reclama”. A declaração do governador foi dada na sexta-feira (13), durante visita às obras de construção da trincheira e duplicação da Estrada da Guia, após deputados contrários à sua administração dizerem que o ritmo de entregas e inaugurações do Executivo tem “caráter eleitoreiro”, devido à aproximação das eleições, em outubro deste ano. “Se trabalhamos, a oposição fala. Se não trabalhamos, fala também”, respondeu.
Em março, Taques mandou Pivetta ler o Salmo 91, para tirar a “escuridão” e “mágoa do coração”. A fala do governador foi uma forma de rebater as duras críticas de Pivetta a sua gestão, a qual o ex-aliado chamou de “medíocre”. “Eu me lembro do Salmo 91. As pessoas precisam afastar a escuridão e a magoa do coração, além de ler o Salmo 91”, resumiu Taques.