MIKHAIL FAVALESSA
DA REDAÇÃO
Depois de se eleger com um discurso de combate à corrupção, o governador Pedro Taques (PSDB) vislumbra um cenário de questionamentos com relação a sua conduta na gestão estadual. O tucano negou qualquer ligação com os casos trazidos à tona pelo Ministério Público em sua gestão e criticou possíveis “dossiês” dos casos que estariam sendo montados pela oposição para a campanha eleitoral.
“Quem faz dossiê é canalha. Se você tiver alguma coisa para falar, fala na cara, como eu faço. Aliás, eu sou criticado por isso, né?”, disse. “Eu não tenho medo do meu futuro, porque eu não temo o meu passado”, completou Taques.
“Quem faz dossiê é canalha. Se você tiver alguma coisa para falar, fala na cara, como eu faço. Aliás, eu sou criticado por isso, né?”, disse. “Eu não tenho medo do meu futuro, porque eu não temo o meu passado”, completou.
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O governador recordou os casos de corrupção em seu Governo e procurou afastar qualquer conexão com os fatos investigados.
“Nós tivemos corrupção na Seduc [Secretaria de Estado de Educação], isso foi investigado, não tem nenhuma participação minha, eu tomei as providências”, disse Taques.
O Ministério Público Estadual (MPE) investigou desvios de recursos da Seduc em um esquema com suposta participação de empresários, servidores e do ex-secretário de Educação Permínio Pinto.
O empresário Alan Malouf, do Buffet Leila Malouf, afirma que participou do esquema, com ciência do governador, para cobrir dívidas de caixa 2 da campanha de Taques em 2014. A juíza Selma Arruda, então responsável pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, afirmou que não havia “indícios robustos” sobre a participação de Taques para manter o processo na primeira instância.
Bereré no Detran
Dois primos do governador, o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, e o advogado Pedro Jorge Taques, foram presos por suposta participação em um caso de corrupção no Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Eles teriam atuado para manter o esquema, que teria tido início em 2009, no governo de Taques.
“A questão do Detran, nós precisamos dar a estas pessoas o direito ao contraditório, à ampla defesa. A Justiça é que vai definir. Não existe nenhuma ligação com meu nome. Agora, eu tenho 100 mil colaboradores, eu não posso ser responsável pelo que todos eles fazem. Se não, nós teríamos o que nós tivemos na época de Tiradentes. Ele foi culpado, aí condenaram o filho, o neto, o bisneto. Isso não existe no Brasil”, disse o governador.
Em suas falas, o governador evitou citar o caso conhecido como “Grampolândia”. O ex-secretário Paulo Taques também é apontado como um dos líderes de um esquema de interceptações telefônicas ilegais contra pessoas de interesse da cúpula do Governo do Estado. O promotor Mauro Zaque afirma que avisou o governador, o que é negado por Taques.
Dr Ricardo 29/06/2018
O presidente nacional do DEM impôs como condição para apoiar o Geraldo Alckmin do PSDB à presidência da República entre outras exigências, que o PSDB de Mato Grosso apóie o Mauro Mendes do DEM. Resumindo, tem muita água pra rolar embaixo da ponte e muita coisa pode ser decidida de cima para baixo.
Teka Almeida 28/06/2018
Se dossiê é coisa de canalha, o que seria então GRAMPOS????? Acredito que deveria dar essa definição também. Queira Deus que nessa eleição não exista nenhum por ai perdido. Se bem que os operadores estão presos e outros acredito que monitorados por tornozeleiras, o que pode nos deixar mais aliviados, mas não tranquilos pois com certeza outros golpes virão e logo serão descobertos. Afinal o que não falta são canalhas.
2 comentários