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Cuiabá, 22 de Novembro de 2024
22 de Novembro de 2024

03 de Abril de 2024, 17h:30 - A | A

POLÍCIA / LAVAGEM DE DINHEIRO

Complexo esportivo financiado pelo CV tinha lojas e academia, revela polícia

O complexo tinha o objetivo de dar aparência lícita aos valores obtidos pela organização.

DO REPÓRTERMT



O projeto do complexo esportivo que estava sendo construindo no Bairro Jardim Umuarama, em Cuiabá, financiado pelo tesoureiro do Comando Vermelho na Capital e proprietário do time de futebol amador Amigos WT, Paulo Winter Farias Paelo, incluia academia, lojas e lanchonetes.

O espaço que Paulo Winter, também conhecido como WT, planejava chamar de Arena Vip Cuiabá ocuparia 10 lotes residenciais e envolveria a construção de dois campos de futebol, academia, lojas e lanchonetes. O criminoso pretendia usar o complexo para lavar o dinheiro da facção.

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De acordo com os delegados Gustavo Belão e Rafael Scatolon, que chefiaram as investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), a construção do complexo segue o “modus operandi” de Paulo Witer e da organização, que buscam investir em imóveis e veículos para esconder o dinheiro ilícito da facção.

Financiada com o dinheiro do tráfico, o complexo tinha o objetivo de dar aparência lícita aos valores obtidos pela organização.

"Além disso, o WT é um amante do futebol, então ele queria esbanjar seu poderio financeiro construindo essa arena e fazendo ali, talvez, escolinhas de futebol, para continuar lavando o dinheiro", observou o delegado Gustavo Belão.

O projeto da Arena Vip Cuiabá era um dos empreendimentos que tinham Andrew Nickolas Marques dos Santos como “testa de ferro”. Conforme a GCCO, Andrew seria uma peça fundamental para a organização criminosa chefiada por Paulo Witer, sendo um dos responsáveis pela compra e venda de imóveis e veículos para mascarar a movimentação do dinheiro do WT.

Operação Apito Final

Deflagrada na segunda-feira (02), a operação Apito Final é resultado de dois anos de investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), com objetivo de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro criado por integrantes de uma organização criminosa, em Cuiabá.

Conforme as investigações, após deixar a prisão, em outubro de 2021, Paulo Witer, que já integrava a facção criminosa, se tornou tesoureiro do grupo e passou a movimentar cifra milionária, por meio de diversos esquemas de compra e venda de imóveis e veículos, além de um time de futebol amador, para dissimular e ocultar a origem ilícita dos valores. Apenas no período apurado, a movimentação alcançou R$ 65,9 milhões.

 

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