APARECIDO CARMO
JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTER MT
O delegado Ricardo Franco, da Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse em coletiva de imprensa que o ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, que matou a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, matou a vítima de forma cruel, na casa dele, em Cuiabá, pelo fato de ela ser mulher.
Almir matou Cristiane por asfixia e espancamento, na casa dele, horas depois de conhecer a vítima em um bar. Ele a levou para a casa dele, no bairro Santa Amália, onde cometeu o crime na madrugada de domingo (13). Pela manhã ele levou o corpo dela, no carro da vítima, e abandou o veículo com Cristiane no Parque das Águas. O irmão dela, após rastrear o celular da advogada a encontrou no carro e a levou para o Hospital Jardim Cuiabá, onde constataram a morte.
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“Um crime brutal, um crime bárbaro. Um crime que entra na qualificadora do feminicídio por menosprezar a mulher, discriminação em face feminina. Ele queria o poder”, disse o delegado que afirmou ainda que o assassino agiu de “modo cruel e dissimulando”, tratando a mulher como “objeto”.
Conforme o delegado, o crime tem conotação sexual, já que a perícia apontou que houve violência sexual contra a vítima. O assassino apresentou diversas contradições e acabou confessando o crime.
Além disso, conforme o delegado, o feminicida será indiciado pela qualificadora da fraude processual, já que ele tentou eliminar provas da cena do crime na casa dele.
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“Quando cometeu o crime, ele limpou a casa toda. Ele tirou o edredom da cama, tirou o travesseiro, estava tudo dentro da máquina de lavar, tudo molhado, mas mesmo assim a perícia criminalística, para quem a gente tem que dar os parabéns, com o luminol conseguiu rastrear justamente o sangue na cama, o sangue nos móveis”, explicou o delegado.
O caso
Segundo as investigações, a vítima passou a tarde de sábado em um churrasco com a família e amigos e por volta das 22h foi com o seu carro até um bar nas proximidades da Arena Pantanal. No local, a vítima conheceu Almir com quem teria deixado o bar por volta das 23h30.
As investigações iniciaram por volta das 15 horas de domingo, após equipe da DHPP ser acionada para realizar a liberação do corpo da vítima, que foi levado pelo irmão, dando entrada na unidade por volta das 14h25, já sem vida.
Com base nas informações, os policiais da DHPP chegaram até o último local em que a vítima esteve antes da morte, a casa do assassino no bairro Santa Amália. Por meio de imagens de câmeras de segurança foi possível ver o veículo de Cristiane saindo do endereço, na parte da manhã, com o assassino na direção.