THIAGO STOFEL
REPÓRTERMT
O delegado Rodrigo Azem, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), acredita que algumas informações dadas pelos familiares de Raffael Amorim de Brito, de 28 anos, que matou o sargento da PM Odenil Alves, estão tentando desviar as atenções das autoridades policiais. A declaração foi feita em entrevista coletiva concedida na manhã desta quinta-feira (13).
A mãe do criminoso, Telma Amorim, tem dado diversas entrevistas fazendo apelo ao filho para que se entregue, na tentativa de que, desta forma, a integridade física dele seja mantida. Ela afirma não saber onde Raffael está e não tem notícias dele desde o dia do crime.
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O delegado contou à imprensa que já ouviu a mãe na delegacia e ela manteve a versão de não saber onde o filho está.
Claro que o apelo [da família para ele se entregar] é válido, mas também pode ser uma forma de estarem desviando as atenções
“Tudo que é relatado à imprensa é o que a delegacia está fazendo. Claro que o apelo [da família para ele se entregar] é válido, mas também pode ser uma forma de estarem desviando as atenções, sim, como se eles não tivessem informações sobre o paradeiro do criminoso, mas eles podem estar mantendo contato”, avaliou o delegado.
A autoridade policial salientou ainda que as apurações feitas até o momento apontam para um crime de latrocínio e não homicídio ou represália de facção criminosa como divulgado antes. Mas, o delegado frisou que todas as possibilidades ainda estão sendo investigadas.
“Já é sabido que vários criminosos deram apoio na fuga do Rafael, e todos eles estão sendo ouvidos e investigados. Além disso, já identificamos a participação de outros criminosos que já estão sendo caçados”, concluiu.
Segue foragido
Na tarde dessa quarta-feira (12), uma equipe da PM recebeu uma denúncia que apontava que o fugitivo estava escondido na casa da irmã em um residencial em Várzea Grande.
No local, os policiais encontraram dois homens fugindo pelos fundos do condominío e entrando em uma área de mata. Os agentes ainda fizeram buscas na área, mas a dupla não foi encontrada.
No apartamento, os policiais apreenderam uma arma de fogo, munições e porções de maconha.
A execução
O sargento da policial militar Odenil Alves Pedroso, de 46 anos, foi atingido por disparos de arma de fogo na tarde do dia 28 de maio, quando estava próximo à Unidade de Pronto Atendimento do bairro Morada do Ouro, na capital, onde prestava serviço extraordinário. Ele estava em uma lanchonete, quando um atirador desceu de uma motocicleta, fez os disparos contra o servidor público e ainda roubou a arma do militar.
A vítima foi socorrida em estado grave, com apoio de uma aeronave do Ciopaer, ao Hospital Municipal de Cuiabá, onde foi intubada e passou por cirurgia, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu.