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Cuiabá, 30 de Novembro de 2024
30 de Novembro de 2024

10 de Novembro de 2020, 08h:56 - A | A

POLÍCIA / MÃE CHOROU NA TVCA

Garota que matou minha filha não atirou sozinha; promotor concorda

A empresária Patrícia Hellen Guimarães, mãe de Isabele Guimarães Ramos fez declarações sob forte emoção, nesta terça, na TVCA

MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO



“O que eu penso e nunca deixei de pensar é que a garota que matou a minha filha, ela não atirou sozinha”. A declaração é da empresária Patrícia Hellen Guimarães, mãe de Isabele Guimarães Ramos, morta no dia 12 de julho deste ano. Para o promotor de Justiça da 6ª Promotoria Criminal, Milton Pereira Merquíades, que assina a denúncia, é do senso comum que uma arma entregue para uma pessoa não habilitada, e B. não era habilitada justamente por ser menor, é previsível que algo vá acontecer e aconteceu. As declarações do promotor e da mãe de Isabele foram dadas ao programa MTTV 2ª Edição, da TV Centro América. 

Patrícia falava sobre a denúncia, por homicídio culposo, dos pais da adolescente B.O.C., o empresário Marcelo Martins Cestari e sua esposa Gaby Cestari. B. responde por crime análogo a homicídio doloso. O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou, na semana passada, Marcelo e Gaby Cestari por entender que eles também são responsáveis pela morte de Isabele.  Diante disso, os pais, que foram os responsáveis por colocar uma arma na mão da adolescente, também são responsáveis pela morte. 

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O caso 

Isabele Guimarães Ramos foi morta no dia 12 de julho deste ano, dentro da casa da família Cestari, no condomínio Alphaville, em Cuiabá. A adolescente que efetuou o disparo, B.O.C., responde por ato análogo a homicídio doloso e pode ser condenada a até 3 anos de internação em Centro Socieoeducativo. O Ministério Público chegou a pedir e a Justiça deferiu a internação provisória da atiradora, mas ela passou apenas uma noite no Pomeri, sendo solta após uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça. Na semana passada, o MP deu parecer novamente pela internação da menor, até a conclusão do processo, e o pedido de habeas corpus está previsto para ser julgado pela 3ª Câmara Criminal do TJ nesta quarta-feira (11).

Os pais de B. foram denunciados por homicídio culposo, por entregar arma a menor e por fraude processual. Marcelo também é acusado por porte ilegal de arma de fogo. A denúncia é analisada pela juíza da 8ª Vara Criminal, Maria Rosi de Meira Borba.

Ainda foram indiciados por envolvimento na morte de Isabele o então namorado de B. e o pai dele. A arma que matou Isabele era do empresário Glauco Fernando Mesquita, que foi denunciado por omissão na cautela de arma de fogo. Ele fez acordo com a Justiça, pagou R$ 40 mil de transação penal e ficou livre do processo. 

O filho, G., de 16 anos, foi denunciado por crime análogo ao porte ilegal de arma de fogo, porque levou a pistola do pai até a casa da namorada. O processo contra ele tramita junto com o da adolescente B.O.C.

 

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