LUIS VINICIUS
DA REDAÇÃO
Os criminosos que foram presos durante a Operação Luxus, na última quinta-feira (4), precisavam roubar um banco a cada mês, em Mato Grosso, para sustentar o luxo em que viviam. A afirmação foi do delegado Luiz Henrique Damasceno, um dos responsáveis pela ação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que prendeu 15 bandidos, acusados de assaltos e furtos à agências bancárias.
A quadrilha é responsável pelo roubo de 10 agências em Mato Grosso, das quais, levaram cerca de R$ 5 milhões.
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“Os líderes obviamente ficavam com a maior parte. Eles tinham uma vida de luxo, com carnaval no Rio de Janeiro todo o ano, viagens e carros de luxo. Então, essa frequência de arrombamentos de banco, ocorriam, justamente, para manter esse padrão de vida elevado. É possível entrar nas redes sociais e ver que para o padrão de vida deles, tem que furtar uma agência bancária por mês, pelo menos”, explicou o delegado à reportagem.
“Temos elementos que comprovam que um dos líderes davam conselhos para os outros de como gastarem o dinheiro. Eles indicavam para guardar 70% e gastar 30%. No entanto, esses conselhos não eram respeitados, eles esbanjavam muito”, contou.
Dentre os crimes cometidos, está o assalto ao Banco do Brasil de Poconé (distante 100 km de Cuiabá), no dia 11 de fevereiro de 2016, e a outro Banco do Brasil, da Avenida Pernambuco, no bairro Morada da Serra II, em Cuiabá, dia 13 de novembro de 2016.
De acordo com Damasceno, os líderes Marcus Vinicius Fraga Soares, conhecido como “Pato”, e Gilberto Silva Brasil, chamado por “Beto”, davam conselhos ao restante da quadrilha de como gastariam o dinheiro roubado.
“Temos elementos que comprovam que um dos líderes davam conselhos para os outros de como gastarem o dinheiro. Eles indicavam para guardar 70% e gastar 30%. No entanto, esses conselhos não eram respeitados, eles esbanjavam muito”, contou.
Dos 17 mandados de prisão expedidos pela Vara do Crime Organizado de Cuiabá e pela Comarca de Poconé, 15 já foram cumpridos. Ainda estão foragidos, Robson Antônio da Silva Passos, conhecido de ‘Robsinho’ e Julyender Batista Borges, conhecido como Juju/Gera. Já Augusto Cesar Ribeiro Macaúbas, conhecido como “Gordão”, e Jurandir Benedito da Silva, o “Jura”, foram presos pela Polícia Civil, na cidade de Volta Redonda (RJ).
Participação de PM
O soldado da Polícia Militar, Emanuel da Silva Souza, da cidade de Poconé foi preso, acusado de ser um dos integrantes da quadrilha. O militar foi preso em Poconé. De acordo com informações, ele atuava no monitoramento da polícia da região, no momento em que os crimes ocorriam. Ficava a cargo de Emanuel atrasar a PM, caso as autoridades tentassem frustrar a ação do bando.
Família do crime
Os líderes da quadrilha eram Marcus Vinicius Fraga Soares, vulgo ‘pato’ e Gilberto Silva Brasil, vulgo ‘Beto’ ou ‘Showman’. Eles são considerados os “cabeças” da facção que se situava na região do CPA e intitulavam o grupo criminoso " de família”. No total, roubaram R$ 5 milhões.
As investigações apontaram que Pato e Beto chefiavam o núcleo criminoso e angariavam freelancers para cometer os furtos.
Vida de luxo
De acordo com o GCCO, os criminosos alvos da ‘Operação Luxus’, utilizaram cerca de R$ 5 milhões roubados de agências bancárias para bancar passeios de helicóptero, iates no Rio de Janeiro e viagens para praias do Nordeste e Sudeste do país.
Eles também participaram pelo menos duas vezes do Carnaval no Rio de Janeiro (RJ), utilizando o valor roubado dos bancos. Os bandidos ostentavam nas redes sociais, com fotos e vídeos de viagens de luxo, veículos importados e passeios que realizaram com o dinheiro roubado.
Reprodução
Organograma da quadrilha que ostentava vida de luxo
