FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT
O ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos, preso após matar a advogada Cristiane Tirloni, no dia 13 de agosto, foi indiciado pela Polícia Civil por estupro, feminicídio e fraude processual.
Conforme a conclusão das investigações, Almir assassinou a advogada para esconder o estupro que cometeu.
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“Pela Cristiane não permitir o ato, pela resistência dela, ela foi brutalmente agredida, espancada, principalmente na região da cabeça. Ela levou várias pancadas na cabeça”, disse o delegado titular da DHPP, Marcel Oliveira, em coletiva nesta quinta-feira (24).
“Para querer ficar impune, esconder o crime, ele mata a vítima”, completou.
Ainda segundo a polícia, para matar Cristiane, Almir pressionou a perna e o joelho na barriga da vítima e, em seguida, utilizou um travesseiro para asfixiá-la.
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Após cometer o homicídio, o ex-PM limpou a casa para apagar as marcas de sangue. Em seguida, colocou a vítima dentro do carro e colocou óculos escuros nela para simular que seria apenas uma passageira.
"Ficou constatado, evidenciado através de novas técnicas materiais, a violência sexual, o crime de estupro. Seguido do homicídio quadruplamente qualificado. As qualificadoras são: a futilidade do crime; recurso que impossibilitou a defesa da vítima; a asfixia; meio cruel, diante da quantidade de espancamento que a vítima sofreu; o feminicídio; e também o meio para garantir a impunidade de um crime antecedente", destacou o delegado.
Agora, o inquérito será remetido ao Ministério Público de Mato Grosso, a quem cabe a responsabilidade de oferecer a denúncia criminal ao poder Judiciário. Somada, a pena ao criminoso poderá ultrapassar 50 anos de cadeia.
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