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Cuiabá, 10 de Setembro de 2024
10 de Setembro de 2024

09 de Agosto de 2024, 11h:20 - A | A

POLÍCIA / CASO ZAMPIERI

Juíza não vê fatos novos e mantém presos acusados de matar advogado em Cuiabá

Réus estão presos desde fevereiro e aguardam magistrada proferir sentença.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



A juíza Anna Paula Gomes de Freitas, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, manteve as prisões preventivas de Antônio Gomes da Silva, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas e Hedilerson Fialho Martins Barbosa, réus pela morte do advogado Roberto Zampieri. A decisão é dessa quinta-feira (08).

Zampieri foi assassinado a tiros em frente ao escritório onde trabalhava, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá, na noite de 5 de dezembro, do ano passado. Conforme a Polícia Civil, o crime foi encomendado pelo fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo, que temia que por ter proximidade com um desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o advogado conseguisse tirar dele a posse de uma propriedade avaliada em R$ 100 milhões na cidade de Paranatinga.

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Em sua decisão, a magistrada apontou que o processo se encontra na fase de apresentação das alegações finais antes da sentença. Pontuou, ainda, que há precendente no TJMT no sentido de que “fica superada eventual ilegalidade na prisão em razão de alegado excesso de prazo”.

Destacou que a prisão “ainda se faz imprescindível” já que não houve alteração nos fatos denunciados à Justiça e diante da gravidade do delito imputado em face dos denunciados.

“Portanto, sem mais delongas, diante da presença inequívoca dos requisitos e fundamentos do sequestro corporal preventivo (...), mantenho a prisão preventiva dos réus Antônio Gomes da Silva, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas e Hedilerson Fialho Martins Barbosa, notadamente por persistirem os mesmos fatos que embasaram originariamente o decreto cautelar, recomendando-os na prisão em que se encontram, o que determino amparada no artigo 316, parágrafo único, do CPP”, diz trecho da decisão.

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Os três réus foram presos em fevereiro deste ano e já passaram por audiência de instrução. Conforme a magistrada, a próxima movimentação processual deverá ser a sentença dos denunciados.

Aníbal Laurindo foi indiciado por homicídio duplamente qualificado com traição, emboscada, dissimulação ou recurso que dificulte a defesa da vítima, além de o crime ter sido cometido mediante pagamento, o que configura motivo torpe. Ele chegou a ser preso em março deste ano, mas no momento está em liberdade.

O Ministério Público avisou que vai determinar a realização de novas diligências para complementar as informações apresentadas no inquérito policial. Isso deve atrasar a apresentação da denúncia contra ele à Justiça.

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