facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 12 de Setembro de 2024
12 de Setembro de 2024

19 de Agosto de 2024, 18h:13 - A | A

POLÍCIA / OPERAÇÃO GRAVATAS

Justiça manda soltar policial militar que passava boletins de ocorrência para facção

Apesar de votar pela liberdade, os juízes determinaram que Leandro tenha a suspensão do porte de arma e exerça apenas atividades administrativas na polícia.

FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT



Por unanimidade, os juízes do Conselho de Justiça Militar concederam liberdade provisória ao soldado da Polícia Militar Leonardo Qualio, preso em março, na Operação Gravatas, acusado de integrar uma organização que prestava auxílio a uma facção.

Leia mais: Justiça nega liberdade a policial militar que passava boletins de ocorrência para o Comando Vermelho

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Conforme a denúncia, o papel de Leonardo seria repassar às lideranças da organização criminosa informações relacionadas às operações policiais contra o tráfico de drogas, bem como os boletins de ocorrência registrados, o que possibilitaria que a facção acompanhasse de perto as ocorrências envolvendo seus “associados”, inclusive para punir eventuais delações ou colaborações.

Apesar de votar pela liberdade, os juízes determinaram que Leandro tenha a suspensão do porte de arma e exerça apenas atividades administrativas na polícia.

“Vistos, relatados e discutidos os autos, acordaram os Juízes de Conselho de Justiça Militar, por unanimidade, pela concessão de liberdade provisória de Leonardo Qualio e a suspensão do porte funcional de arma de fogo”, diz trecho da decisão.

Operação Gravatas

Além de Leonardo, foram alvos da Operação Gravatas os advogados Hingritty Borges Mingotti, Tallis de Lara Evangelista, Roberto Luís de Oliveira e Jéssica Daiane Maróstica.

Segundo as investigações, foram identificados os envios de autos de prisões em flagrantes, relatórios policiais, mandados de prisão em aberto e até imagens de operações policiais aos integrantes da facção.

Além disso, os advogados faziam a intermediação entre as lideranças que atuam de dentro dos presídios e os faccionados que eram presos tanto pela Polícia Civil quanto pela Polícia Militar.

A polícia identificou que, com apenas um dos advogados, mais de 81% dos seus clientes eram ligados a essa facção, responsáveis por crimes como tráfico de drogas, roubos e homicídios.

Leia mais: Justiça recebe denúncia e advogados presos acusados de ajudarem o Comando Vermelho se tornam réus

Comente esta notícia