FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT
O desembargador do Tribunal de Justiça (TJMT), Pedro Sakamoto negou o pedido de liberdade ao coronel do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, acusado de financiar a execução do advogado Roberto Zampieri. A decisão é desta sexta-feira (19).
A defesa alega que durante o cumprimento do mandado de prisão, as prerrogativas, por Caçadini ser do Exército, não foram realizadas.
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“A prisão e a busca e apreensão não foram acompanhadas por representantes do Exército, o que configura inclusive ilegalidade na prisão, passível de relaxamento”, diz trecho do pedido.
Outro argumento levantado pelos advogados é a transferência de Caçadini para Cuiabá. Eles alegam “risco a segurança pública” e a “integridade física e psicológica do investigado”, pois o militar mora em Belo Horizonte.
Ao negar o pedido, o desembargador disse que não há evidência de ilegalidades na prisão de Caçadini. Segundo Sakamoto, Caçadini é Coronel Reformado do Exército e a “formalidade prevista [prisão efetuada com representante do Exército] se refere a militares da ativa”.
Quanto ao recambiamento do coronel à Comarca de Cuiabá, o desembargador destaca que a decisão foi correta, dada a magnitude da investigação, “a qual envolve pelo menos outros três suspeitos, residentes em comarcas diversas do local do crime, situação apta a revelar”.
“Informações extraídas dos autos e de notícias veiculadas na própria mídia também revelam que a integridade física do paciente está sendo preservada, haja vista encontrar-se segregado no 44º Batalhão de Infantaria Motorizado, em Cuiabá”, completou Sakamoto.
Prisão
Caçadini foi preso no dia 15 de janeiro de 2024, em Belo Horizonte (MG), apontado como financiador da execução de Zampieri. Em um primeiro depoimento ele permaneceu em silêncio. O coronel foi transferido para Cuiabá na quarta (17) e, caso necessário, irá prestar um novo depoimento.
O assassinato aconteceu no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá, no dia 05 dezembro. Zampieri foi assassinado com nove tiros, dentro do próprio carro, uma Fiat Toro, quando saía do escritório. O bandido ficou de tocaia, esperando o advogado sair.
Em vídeos é possível ver a Fiat Toro estacionada na Rua Topázio. Quando o advogado entra no veículo, é seguido pelo bandido, que estava todo de preto. Ele se aproxima e atira várias vezes.
