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Cuiabá, 21 de Março de 2025
21 de Março de 2025

20 de Março de 2025, 14h:00 - A | A

POLÍCIA / LIGADO À FACÇÃO

Paulo Henrique "some" da Justiça e MP ameaça pedir prisão

A Justiça tenta intimar o ex-vereador desde o ano passado, mas ele não é encontrado no endereço informado.

VANESSA MORENO
DO REPORTÉR MT



O ex-vereador por Cuiabá, Paulo Henrique (MDB) pode ser preso se continuar desaparecido do radar da Justiça. Desde novembro do ano passado, a Justiça vem expedindo mandados de citação para que ele apresente sua defesa da acusação de integrar uma facção, mas ele não é localizado.

Recentemente, o promotor de Justiça Daniel Carvalho Mariano, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) pediu uma nova tentativa para que os oficiais de Justiça tentem encontrá-lo, sob pena dele ter a prisão decretada por ser considerado foragido. 

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Em decisão proferida nessa quarta-feira (19), o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, atendeu o pedido e alertou que, caso seja pedida nova prisão, o MP deve fazer isso em outro processo. “Acaso [o MP] postule o revigoramento da prisão preventiva do acusado, por suposta evasão do distrito da culpa, conforme mencionado pelo próprio órgão ministerial, que o faça na medida cautelar correlata”, disse o magistrado.

Paulo Henrique é réu em um processo que investiga a sua participação em um grupo criminoso que atuava na flexibilização de fiscalizações realizadas em casas noturnas pertencentes a integrantes de uma facção. Além de vereador, ele era secretário adjunto da Secretaria Municipal de Ordem Pública e Defesa Civil de Cuiabá (SORP) e liderava o esquema, facilitando a realização de shows para lavar dinheiro fruto de corrupção.

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O réu foi alvo das operações Pubblicare e Ragnatella e chegou a ser preso em setembro de 2024, mas foi solto cinco dias depois e submetido ao uso de tornozeleira eletrônica, que foi retirada em 20 de fevereiro deste ano por ordem do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Esse fato dificulta a localização de Paulo Henrique.

Além do ex-vereador, também são réus neste processo José Márcio Ambrosio Vieira, José Maria de Assunção, Rodrigo Anderson de Arruda Rosa e Ronnei Antônio Souza da Silva.

Em novembro do ano passado, a Justiça recebeu a denúncia do Ministério Público sobre os crimes praticados pelo grupo e mandou intimar todos os envolvidos no esquema para informá-los que eles se tornaram réus na ação e para abrir espaço para eles apresentarem a defesa.

José Marcio, Rodrigo Anderson, José Maria e Ronnei Antônio foram intimados ainda no ano passado. Já a saga do oficial de Justiça para encontrar Paulo Henrique dura até hoje. Em uma das tentativas, o oficial foi até o endereço de Paulo Henrique que consta no processo, localizado na Avenida Arquimedes Pereira Lima, em Cuiabá, mas lá foi informado pelo porteiro que não havia ninguém no imóvel e que há vários dias não via nenhuma movimentação no local.

Também houveram tentativas via WhatsApp, ligação e em outro endereço identificado em bancos de dados, no CPA III, mas também não foi possível intimá-lo.

O Repórter MT noticiou o sumiço de Paulo Henrique no dia 31 de janeiro deste ano e a reportagem foi informada pelo advogado de defesa que ele está à disposição da Justiça em seu endereço, mas mesmo assim, no final de fevereiro a sua citação continuou constando como negativa nos autos do processo.

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