RAUL BRADOCK
DA REDAÇÂO
A Operação Crédito Podre cumpriu 16 mandados de prisão preventiva contra um grupo acusado de sonegar mais de R$ 140 milhões em Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
O grupo foi preso na manhã desta quinta-feira (7) em oito cidades. Entre os presos estão empresários, contadores, comerciantes e corretores. Todos com envolvimento em fraudes na comercialização interestadual de milho, algodão, feijão, soja, arroz, milho, painço e girassol.
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As prisões aconteceram em Cuiabá (7), Rondonópolis (1), Campo Verde (1) , Primavera do Leste (3), Sorriso (1), Barra do Garças (1), Camburiu (1) e São Paulo (1).
PJC

Também foram cumpridas 4 ordens de busca e apreensão e 9 conduções coercitivas.
As investigações foram coordenadas pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz). Os envolvidos no esquema responderão por crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documentos, uso de documento falso, uso indevido de selo público e sonegação fiscal.
Vaja quem são os envolvidos
01: Paulo Henrique Alves Ferreira, orçamentista e empreiteiro
02: Paulo Serafim da Silva, contador
03: Rivaldo Alves da Cunha, sócio na empresa Genesis Agrocomercial
04: Kamil Costa de Paula, contador
05: Evandro Teixeira Rezende
06: Paulo Pereira da Silva
07: Jean Carlos Lara, funcionário da Lara Corretora de Grãos LTDA
08: Neuza Lagemann de Campos, trabalha na empresa Fertisol Comercio e Representações LTDA
09: Clóvis Conceição Silva
10: Rogério Rocha Delmiro
11: Diego de Jesus Conceição
12: Marcelo Medina, sócio proprietário da Vigor Cerais e da Datta Trafic.
13: Wagner Fernandes Kieling, sócio na empresa Verd Agra (Verd Agra Commodities Ltda).
14: Valdecir Marques
15: Reinaldo Ferreira Júnior
16: Theo Marlon Medina, sócio proprietário da Vigor Cerais e da Datta Trafic.
TCE apontou exportação fantasma
Ao o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado, ex-presidente Antônio Joaquim disse que tentou, mas teria sido impedido de promover uma investigação a respeito do grupo criminoso que sonegou ao Estado cerca de R$ 140 milhões em impostos, sobre a comercialização de grãos.
O conselheiro afirmou que uma pré-auditoria havia identificado as fraudes.
Em abril, o TCE acionou judicialmente a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) para que fornecesse informações a respeito da arrecadação e controle de exportação.
Joaquim disse à época que vinha tratando sobre o assunto com o Governo do Estado desde agosto de 2016. Porém, o pedido de fornecimento dos dados das empresas exportadoras foi negado pela Sefaz.
Nesta quinta-feira (07), a Operação Crédito Podre, realizada pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), cumpriu 16 mandados de prisão preventiva contra empresários, contadores, comerciantes e corretores.
Antônio Joaquim foi eleito presidente do TCE no final de 2015 e respondeu pela Corte de Contas do início de 2016 até setembro de 2017, quando por força de determinação do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, ele e outros quatro conselheiros foram afastados.
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