CELLY SILVA
DA REDAÇÂO
Duas viaturas do centro socioeducativo de Barra do Garças (515 km de Cuiabá) foram incendiadas no início da madrugada deste domingo (12) e podem ter ligação com o chamado “salve geral” emitido por lideranças criminosas de dentro dos presídios, como forma de retaliação às restrições impostas na rotina dos presos desde que os agentes prisionais e socioeducativos entraram em greve pelo pagamento da revisão geral anual (RGA).
Os ataques tiveram início na noite de sexta-feira (10), com a queima de quatro ônibus, além de veículos de passeio estacionados nas ruas de Cuiabá e Várzea Grande. A onda de violência deixou a população e o Estado em um clima de tensão.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Os veículos do sistema prisional estavam estacionados no pátio da unidade e foram queimados com o uso de coquetel molotov. Ao perceberem as chamas, os agentes que estavam de plantão acionaram o Corpo de Bombeiros. A Polícia Militar também esteve no local para garantir a segurança e fazendo rondas na região, mas nenhum suspeito foi localizado.
Os bombeiros conseguiram conter as chamas, mas os dois veículos já estavam totalmente danificados.
Reprodução

Viatura que estava em oficina também foi alvo da ação criminosa.
Outros atentados no interior também podem ter relação com o comando dos presidiários. Na noite de sexta-feira (10), em Primavera do Leste, uma viatura que estava em manutenção em uma oficina também foi alvo de incêndio criminoso.
Além dos atentados ao patrimônio público, os agentes de segurança pública também estão sendo alvo de retaliações. Em Sinop (500 km de Cuaibá), um ferro velho, de propriedade de um agente prisional, também foi alvo de incendiários na noite de sábado (11), no bairro Boa Vista.
O Corpo de Bombeiros esteve no local e conteve as chamas, mas os objetos do escritório, como computadores e geradores de energia foram perdidos. Não houve feridos.
Em Cuaibá, entre a noite de sábado e a madrugada deste domingo (12), houve dois casos que levantaram suspeitas sobre o "salve geral", o primeiro foi o incêndio de um prédio da Polícia Civil que estava abandonado no Centro, próximo a Praça Bispo Dom José, por volta das 22 horas de sábado. Já por volta das 3 horas da madrugada de hoje, um atentado à base da Polícia Militar do bairro Três Barras deixou mais de 50 disparos e dois coquetéis molotov's que, por sorte, naõ atingiram nenhum dos policiais que estavam de plantão.