DA REDAÇÃO
Liliane Barbosa da Silva, de 27 anos, vítima do primeiro feminicídio registrado neste ano em Mato Grosso, pediu para que o assassino não fizesse nada à filha pequena. Natural do Pará, ela foi morta com pelo menos 10 facadas por Edenilson de Souza da Silva, seu ex-namorado.
O crime foi registrado na madrugada de quarta-feira (05), em Colíder (631 km de Cuiabá).
De acordo com a Polícia Civil, Liliane havia solicitado medida protetiva contra Edenilson no dia 20 de dezembro. Ele chegou a ser preso por descumprir a determinação judicial de se manter afastado da vítima, e quando saiu, invadiu a casa da mulher.
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O criminoso pulou o muro, arrombou a porta da casa e mandou a vítima ficar em silêncio. Ela ainda pediu que ele não fizesse nada à filha pequena. Neste momento, foi atacada com pelo menos 10 facadas pelo corpo. O filho da mulher, de 7 anos, gritou por ajuda.
A Polícia Civil prendeu o autor do crime em flagrante, horas após cometer o crime. O pai dele acionou a polícia e disse que Edenilson havia chegado em sua casa sujo de sangue e teria dito que havia feito uma “cagada” e matado a mulher.
Os policiais realizaram buscas na propriedade e encontraram o assassino deitado em uma rede próxima a um cocho, recipiente usado para colocar sal e ração ao gado. Ele tentou resistir, mas foi preso.
Em interrogatório na Delegacia de Colíder, permaneceu em silêncio.
O delegado Antenor Junior Pimentel representou à Justiça pela conversão do flagrante em prisão preventiva.
Não aceitava fim do relacionamento
Material coletado pela equipe de investigação durante a apuração indica o cenário de violência doméstica e alguns fatos ocorridos antes do crime, demonstrando que o autor do homicídio não aceitava o fim do relacionamento e insistia em retomar o namoro com Liliane. A vítima, inclusive, já havia manifestado a vontade de se mudar da cidade diante dos fatos ocorridos anteriormente.
Em setembro do ano passado, ele foi preso em flagrante após invadir a casa de Liliane e foi indiciado em inquérito instaurado na Delegacia de Colíder pelos crimes de perseguição, violação de domicílio, lesão corporal e ameaça, todos no âmbito da violência doméstica. No dia 20 de dezembro passado, foi novamente preso após descumprimento da medida protetiva concedida pela Justiça à vítima.