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A atriz e transformista Rogéria repudiou a homofobia, durante participação no "Programa Raul Gil", do SBT, na tarde deste sábado (6), e explicou que homens (supostamente héteros) não conseguem ser rejeitados por homossexuais.
"Quem é homofóbico, veado é. Ou burro", disparou Rogéria. "Porque é impossível. Se você chega perto de um gay, ou um gay perto de um homem. Se não faz o seu gênero, ele [o gay] sai logo. Agora, se eu não quero sair com um cara... Já aconteceu [comigo]. Ele disse 'o quê?', 'mulher nunca me disse isso'. Há o medo até de apanhar. Eu saí correndo. Eles não aceitam", completou .
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"Eu não preciso me manifestar [a favor dos gays]. Tenho 51 anos de carreira. Sou a Rogéria, aceita pelo povo brasileiro. Quer que eu faça mais?", discursou a transformista, ao justificar que não precisa se envolver no ativismo gay.
Rogéria disse ainda que nunca desejou ser mulher na vida, mas que se vestiu publicamente de Astolfo Barroso Pinto --o seu nome de batismo-- pela última vez em 1969. "Eu não sou transexual. Eu sou homem. Eu quis me vestir de mulher porque eu pareço. [Mas] eu nunca quis ser mulher na vida", declarou Rogéria.
"Já saí com mulher. Foi bom para mim porque vi que, ali, eu não era lésbica", comentou. "Traí, sim. Homem é homem", revelou.
Rogéria participou de inúmeras novelas, séries e minisséries, como "Tieta" (1989), "Desejos de Mulher" (2002) e "Lado a Lado" (2012), mas foi no cinema e no teatro que se destacou mais.