Bancários continuam greve; cheques não serão descontados

ALINE FRANCISCO

O movimento completa nesta segunda-feira 19 dias (Foto: Repórter MT)

ALINE FRANCISCO

Os bancários rejeitaram a proposta encaminhada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que prevê o reajuste de 7,1% para terminar em definitivo com a greve que já duram 18 dias. A paralisação dificulta o pagamento dos trabalhadores da rede privada que recebem salários por meio de cheque. O montante terá que ser depositado e seu valor será liberado após três dias úteis.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro do Estado de Mato Grosso (SEEB/MT), José Guerra, como não há atendimento interno, os trabalhadores terão que depositar o cheque na conta corrente e aguardar normalmente a compensação. “Não vamos atender internamente, mas os serviços de processamento dos documentos dos caixas eletrônicos são feitos, por isso não atrasa a compensação”, explica.

Quanto ao pagamento de boletos bancários vencidos, que não podem ser pagos em caixas eletrônicos, o cliente precisa aguardar o fim da greve para solicitar que não seja cobrado juro em cima do valor total. “A solicitação deve ser feita junto ao banco emitente do boleto assim que encerrar a greve”, alerta Guerra.

A GREVE

O movimento completa neste final de semana 18 dias, e até o momento 210 agências já aderiram a paralisação, que é nacional. Os grevistas reivindicam o reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários, fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

Os bancários realizam na segunda-feira (07) um manifesto em frente da agência do Bradesco, na avenida Barão de Melgaço, a partir das 10h.