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Cuiabá, 22 de Dezembro de 2024
22 de Dezembro de 2024

23 de Maio de 2014, 08h:54 - A | A

CIDADES / POVO À PÉ

Motoristas se revoltam e param 100% da frota de ônibus de Cuiabá

Os motoristas proibiram a saída dos ônibus das garagens, e os que saíram estão parados nos pontos finais dos bairros sem motorista

ALINE FRANCISCO
DA REDAÇÃO



Os motoristas do transporte coletivo de Cuiabá se revoltaram com o desenrolar da reunião realizada na tarde desta quinta-feira (22), entre os profissionais, empresários e Tribunal Regional do Trabalho (TRT), e decidram paralisar 100% da frota de onibus da Capital.   

De acordo com o Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores em Empresas de Transportes Terrestres, os profissionais se reuniram, em assembleia, após o término da reunião com  o TRT, e decidiram que manteriam o percentual de 70% dos veículos durante o dia e 80% nos horários de pico. Mas, na manhã desta sexta-feira (23), os motoristas proibiram a saída dos ônibus das garagens, e os que saíram estão parados nos pontos finais dos bairros sem motorista.

“Essa é uma decisão dos motoristas, que não foi acertada com Sindicato. Por isso ainda estamos aguardando um posicionamento dos profissionais”, explicou o presidente Ledevino Conceição. Segundo ele, a única certeza que se tem é que possivelmente nenhum veículo vá circular nas ruas de Cuiabá.          

REUNIÃO DE CONCILIAÇÃO

A reunião realizada entre as empresas e a categoria não chegou a um acordo, e a greve que foi deflagrada na terça-feira (20) segue sem previsão de término. Pelo menos até a próxima terça (27), quando está agendada uma nova reunião no Tribunal do Trabalho. 

Segundo o presidente do Sindicato, a categoria exigiu um salário de R$ 1,8 mil para os motoristas, ticket alimentação de R$ 200, protetor solar e camisa de uniforme. Além de 7,15% de aumento no vencimento dos demais funcionários das empresas de ônibus, como vigilantes, secretária, mecânico e outros. No entanto, os empresários recusaram as propostas e ofereceram apenas 5,8%, além de sacolão e vale gás dos motoristas.

O Sindicato dos Transportadores Urbanos (STU), já afirmou que o reajuste é impraticável dado à atual planilha de custos aprovada pelo Conselho Municipal dos Transportes (CMT), em março deste ano. 

A planilha considera a tarifa da passagem a um valor de R$ 2,80 e só permite um reajuste máximo de 4,63%. Com isso, a passagem subiria para R$ 2,93.  Para conceder o reajuste pedido pelos profissionais, seria necessário elevar o valor das passagens em R$ 0,20, subindo a tarifa para R$ 3. 

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Bernadete Lara 23/05/2014

Acompanhando os noticiários sobre a greve em São Paulo, vimos que lá a Polícia Civil estará investigando quem dá ordens para a permanência da greve. Ao fazer caminhada hoje pela manhã, ouvi um cidadão comentando que aqui em Cuiabá, há outros interessados na Greve, os próprios empresários. Motivo: a Prefeitura da Capital tem interesse de realizar uma Licitação para aquisição de novos veículos e, quando isso ocorre, ganha pra fornecer o produto, o que oferece melhor preço, melhor qualidade... em Cuiabá seria muito bom, pois @s usuári@s do transporte coletivo estão sempre a reclamar dos veículos que estão virando sucatas. Segundo informações os contratos com as empresas que circulam nessa cidade estão vencidos. Por outro lado, os empresários não querem a Licitação e, sim renovação de Contrato. Ou seja, continuar tudo como está. Acredito que a maioria da população entende que os trabalhadores do transporte coletivo merecem o reajuste que reivindicam bem como as melhorias devem fazer parte de um projeto social e valorização desses profissionais. O que não dá pra engolir é que nesse movimento, os (caroneiros: don@s de empresas) aproveitem para tirar proveito dos cofres públicos).

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