MAJU SOUZA
DA REDACÃO
O policial penal Edno Roberto Apoitia, de 57 anos, que atuava na Penitenciária Central do Estado (PCE), o antigo Presídio Pascoal Ramos, morreu vítima da covid-19 na última sexta-feira (24), no Hospital Metropolitano, em Várzea Grande. Os presos da unidade têm sido submetidos à testagem. Foram realizados mais de 420 testes rápidos, sendo que 219 testaram positivo para a covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, e 201 tiveram resultados negativos. De acordo com informações, há cerca de 600 presos com sintomas da doença e estão isolados.
Edno estava internado em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e não resistiu às complicações da doença. Ele é terceiro agente penitenciário que morre vítima da pandemia, a primeira morte foi em junho, sendo de Rejane Cassia Fiallo Jorge, de 40 anos, que atuava no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), e o segundo foi o José, também lotado na PCE.
O Sindicato dos Servidores Penitenciários (Sindspen) lamentou a morte de Edno Roberto, que atuava no Sistema Penitenciário desde 2012.
Segundo o Sindspen, o policial era hipertenso e estava atuando em sua função normalmente, só deixou a unidade quando foi diagnosticado com a doença.
“Mais uma perda, menos um de nós e o pior é saber que estamos lutando contra um inimigo invisível, não sabemos onde ele está. Já são 3 guerreiros que perdemos em curto prazo, com essa doença, primeiro o José, depois a Rejane e agora o Edno. Se antes já estávamos preocupados, agora ainda mais, perder pessoas próximas nos amedronta. Peço aos policiais penais e servidores do Sistema Penitenciário que tomem os devidos cuidados se previnam”, lamentou o presidente em substituição do Sindspen, Gilciney Gomes.
Barril de covid
Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), na PCE, até hoje, não houve a necessidade da internação de nenhum preso na rede de saúde pública. Os casos não foram agravados.
Dos 2,3 mil presos detidos no presídio, 600 apresentam sintomas da Covid-19, segundo o juiz da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, Geraldo Fidelis Neto.
A direção resolveu isolar todo raio 1 e o shelter, que juntos somam cerca de mil presos, porque alguns deles, aparecem com quadro gripal. Sob ordem judicial, testes começaram a ser realizados pelo Hospital Júlio Muller e equipamentos de proteção e segurança foram enviados para os funcionários.
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