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Cuiabá, 15 de Novembro de 2024
15 de Novembro de 2024

27 de Março de 2021, 08h:00 - A | A

CORONAVÍRUS / COVID NOS PRESÍDIOS

Em MT, presos têm tratamento precoce e policiais penais morrem mais

A infecção entre os presos é maior, mas a mortalidade dos servidores é o dobro do que a dos detentos, que têm uma equipe de saúde dedicada, que aplica o tratamento precoce.

JOAO AGUIAR
DA REDAÇÃO



Dados do boletim informativo da covid-19 no sistema penitenciário divulgados na quinta-feira (25), mostram que desde o começo da pandemia, há mais de um ano atrás, 9 policiais penais e 4 presos morreram por conta do novo coronavírus.

Apesar do número de mortes de servidores ser o dobro, o número de casos confirmados é maior entre os detentos. Foram 2.277 presos que se infectaram e 676 servidores.

De acordo com o deputado João Batista (Pros), que representa a categoria e já foi presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindispen-MT), a mortalidade é maior entre servidores pois os presos têm uma equipe de saúde dedicada.

“Tem um setor de saúde dentro dos presídios que faz os trabalhos de prevenção com os presos. Faz o chamado tratamento precoce, dá a medicação. E para os servidores não tem isso. Se algum deles for infectado tem que correr atrás do plano de saúde ou procurar um hospital público”, afirma.

Ainda segundo o deputado, os agentes penitenciários têm mais chances de se infectar com a covid-19. “Os presos ficam lá dentro das celas e não vão sair de lá. Os agentes vão para casa, mercado, se encontram com outras pessoas. Correm mais risco”, relata. O parlamentar defende que o primeiro passo para evitar esses casos, é “dar prioridade para os servidores e não para os presos na vacinação”.

“Entramos em conversa com o Governo do Estado e com alguns municípios para colocarem os agentes penitenciários na frente dos presos na fila da vacinação. Estamos tendo essa articulação política que já foi confirmada com alguns municípios de acontecer”, explica.

João Batista pede ainda que os agentes também tenham direito ao tratamento médico dentro dos presídios. “Não pode ficar restrito somente aos presos. Estamos lutando também para ter uma equipe para cuidar dos nossos agentes penitenciários”, afirma.

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Alberto 27/03/2021

E para os que já furaram não vai acontecer nada? Tem que ser feita uma auditoria, porque são vários.

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Realsta 27/03/2021

Sem adentrar na questão de agente ou preso, qual seria o mais correto vacinar primeiro. Na verdade o fato dos agentes serem contaminados, em tese, deve ter sido em ambiente fora do presidio, como infelizmente está ocorrendo com outros cidadãos.Sabe se que as vísitas estão suspensas, assim, é mínima a possibilidade do preso adquirir de alguém e transmitir ao agente, aliás, acredito, que pode ocorrer o inverso, do agente para o preso, pois involuntariamente pode vir do ambiente externo para dentro do presidio. E a vacinação, necessária, apenas protege o agente,, Graças a Deus, mas não impede a transmissão. Acredito ser equivocada a questão de que a vacinação dos agentes vai diminuir a contaminação nos presidios diante da possibilidade ainda da transmissão. Assim, o melhor seria continuar a suspensão das visitas neste momento crítico.

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2 comentários