MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO
Doce, atenciosa, sempre pronta para ajudar, aquela que sonhava seguir os passos do pai e ser médica. Essa era Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, aos olhos dos seus amigos e familiares. O conversou com diversas pessoas que fizeram parte da vida da adolescente para saber quem era a menina que morreu em uma tragédia que chocou o país, após levar um tiro que teve como responsável sua melhor amiga.
Entre tantas frases de amor, carinho, saudade e lembranças, uma prevaleceu em todos os depoimentos: “a Isabele estava sempre ali, sempre pronta para ajudar”, “ela era incrível”. Como toda menina de 14 anos, Isabele gostava de brincar, ouvir músicas, passar tempo com as amigas, e usar as redes sociais. (veja abaixo)
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Depoimentos
Maria Franco, de 14 anos, conta que ela e Bele gostavam das mesmas músicas e que a amiga tinha muita luz e iluminava por onde passava. Sempre quando estava mal, sua amiga sempre estava ali para conversar ou enviava uma mensagem checando se estava tudo bem.
Já Priscila Cintra, também de 14 anos, relembrou dos momentos com Isabele e do quanto era dedicada.
“Eu moro na frente da casa do tio dela. Sempre que ela ia para lá, ficava lá, a gente se encontrava e brincava. Ela [pausa em lágrimas] sempre foi incrível. Está sendo muito difícil”, conclui emocionada.
Para a adolescente Nicole, de 15 anos, a amiga que partiu tinha uma energia incrível, algo que nunca tinha visto, e até quando estava nos seus piores momentos queria levar alegria aos que a cercavam. Nicole não perdeu uma amiga, e sim uma irmã, segundo ela, e não sabe por em palavras sua saudade de Isabele Guimarães.
“A gente ouvia música, tínhamos o mesmo gosto musical, internacional, nacional, eletrônica. A agente fazia várias coisas juntas, a agente cozinhava às vezes e ficávamos fazendo live no Instagram. Quando eu ia à casa dela a gente andava no condomínio, ia à piscina”, relembra Maria Esmeralda, de 14 anos.
Além disso, Bele era uma pessoa presente em sua família, contadora de história, de acordo com sua tia Gisele Soares Ramos. “Isabele era a menina mais querida, mais doce, mais amorosa do mundo. Queria ser médica, seguir a profissão do pai”, ressaltou.
Relembre o caso
Isabele Guimarães morreu na casa da amiga, filha do empresário Marcelo Cestari, na noite do dia 12 de julho deste ano. As informações são que a amiga estava indo guardar duas armas e que em um acidente, as armas caíram e ao pegá-las uma disparou acidentalmente, acertando Isabele, que estava dentro do banheiro do quarto da amiga. O tiro acertou o nariz e saiu na nuca.
Na mesma noite, a Polícia Civil apreendeu sete armas na residência, sendo duas em nome de uma terceira pessoa. Por não ter o porte das armas, Marcelo foi preso em flagrante e pagou R$ 1 mil para ser solto. As duas armas são do sogro da adolescente B.O.C. e foram levadas até a casa pelo namorado da jovem.
Confira entrevista completa: