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Cuiabá, 25 de Novembro de 2024
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21 de Novembro de 2015, 22h:00 - A | A

GERAL / VEJA O VÍDEO

Barragem que rompeu em usina de Sinop segue sem prazo para fim de reparos

KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO



Ainda não está conclusa a recuperação da estrutura que dará sustentação à barragem de uma das quatro usinas hidrelétricas, que estão em construção no rio Teles Pires, no Norte do Estado, e que rompeu dia 8 de outubro deste ano.

O rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, em Mariana (MG), dia 5 deste mês, chamou a atenção para este problema estrutural detectado na Usina Hidrelétrica Sinop (UHE Sinop).

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Em Mariana, onde morreram seis e 12 estão desaparecidos, as barragens continham lama, rejeitos sólidos e água. Esses detritos são resultado da mineração na região. Na UHE Sinop, que ainda está em construção, a barragem não está pronta e a finalização está prevista apenas para o final de 2017. Sendo assim, a água que verteu não teve potencial para causar alagamentos ou enchente.

O que causou o acidente foi um deslizamento do talude ao lado da área de montagem no canteiro de obras. Talude é um plano de terreno inclinado que tem como função garantir a estabilidade do aterro.

De acordo com a Assessoria de Imprensa da UHE Sinop, os trabalhos de restauração estão sendo feitos, mas não há uma data para finalização da reparação.

Veja o vídeo do acidente na usina de Sinop que circulou nas redes sociais.

 

 

Sobre o rompimento do talude, os responsáveis pelo empreendimento – a Companhia Energética Sinop (CES), que é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), formada por três acionistas, sendo elas a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), Électricité de France (EDF) Brasil e Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte) – emitiram nota, garantindo que a “equipe técnica da projetista principal” faria uma avaliação para definir como será feito o reparo.

A CES afirma que ó rompimento do talude não deixou feridos e não interferiu nas obras das estruturas principais, como tomada d’água, vertedouro e adufas de desvio, não ocasionando interrupção nas atividades de construção da UHE Sinop.

Diz também que a equipe de fiscalização da obra já havia detectado o problema, antes do rompimento, e por isso a área foi isolada, principalmente porque no início de outubro estava chovendo muito na região.

No dia 16 de outubro, uma semana após o rompimento do talude, cerca de 50 representantes de uma comissão de atingidos pela UHE Sinop protestaram em frente ao Ministério Público Federal (MPF), cobrando uma resposta da CES, quando às compensações, pelos impactos sociais que deve causar nas proximidades.

Eles cobram cinco pontos de reivindicações, entre eles, a regularização fundiária com titulação do assentamento; pagamento de indenizações; remanejamento da população em áreas remanescentes; reassentamento e construção de estradas.

Contra a CES há ainda reação por parte de movimentos ambientais, que “condenam” as usinas por serem uma “ofensa” ao rio Teles Pires.

A CES, por sua vez, informa que, quando o empreendimento ficar pronto,  vai gerar 400 megawatts, de acordo com a Assessoria de Imprensa do grupo, o suficiente para abastecer a metade da população de Mato Grosso com energia elétrica.

No entanto, quando começar a gerar, a energia vai direto para o Sistema Integrado Nacional, que faz a redistribuição pelo país.

A produção de energia no Brasil é majoratariamente gerada por hidrelétricas.

 

NOTA PÚBLICA EMITIDA PELA UHE

“No dia 08 de outubro ocorreu um deslizamento do talude ao lado da área de montagem no canteiro de obras da UHE Sinop, a jusante da casa de força. Ressalta-se que esta obra tem monitoramento diário, o que permitiu a detecção de movimentações na estrutura da rocha devido às escavações e detonações. Em função disso foram adotadas medidas preventivas, como isolamento do local onde ocorreu o deslizamento, garantindo a segurança de todos os colaboradores. A equipe técnica da projetista principal está realizando uma avaliação para definir quais medidas serão adotadas para a reconstrução do talude. Importante destacar que nenhum colaborador ficou ferido e que o ocorrido não interferiu nas obras das estruturas principais, como tomada d’água, vertedouro e adufas de desvio, não ocasionando interrupção nas atividades de construção da UHE Sinop”.

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