RENAN MARCEL
APARECIDO CARMO
A cuiabana Elizabeth Campos Cardoso, de 55 anos, ficou presa injustamente por sete dias na França, após ser barrada pela imigração do Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris. Ela só conseguiu retornar ao Brasil na manhã deste sábado (27) e deve chegar a São Paulo no fim da tarde.
Segundo as informações de familiares, a fiscalização disse que o passaporte apresentado pela turista constava como furtado ou extraviado, em Portugal, desde o dia 24 de agosto de 2023. Por conta disso, o nome de Elizabeth estava na lista da Interpol. O passaporte e os pertences da cuiabana foram retidos.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, a filha de Elizabeth, Karoline Cardoso, disse que a mãe nunca passou por Portugal e disse que a família estava implorando por ajuda do Consulado-geral do Brasil na França.
"Ela está sofrendo agressões psicológicas desde o dia em que ela chegou naquele país, por meio dos policiais franceses. Nós já imploramos ao consulado brasileiro e até agora nada foi feito. Peço à Justiça brasileira que me ajude, uma família e uma filha desesperada. Minha mãe não cometeu nenhum crime", diz na gravação.
A brasileira desembarcou na França na sexta-feira (19), mas sequer conseguiu visitar amigos, que era o objetivo da viagem. Elizabeth passou pela imigração, foi detida e passou pela audiência de custódia na quarta-feira (24), onde foi informada que somente o consulado poderia agir em seu favor.
"Consultei a Polícia Federal daqui de Cuiabá e o delegado me emitiu um documento dizendo que o passaporte dela está válido e que nunca houve nenhuma solicitação de cancelamento. Preciso que a Justiça brasileira me ajude".
Retorno
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Conforme a filha de Elizabeth, a cuiabana foi liberada na manhã deste sábado e recuperou os pertences. Ela já embarcou de volta para o Brasil e deve chegar a São Paulo no final da tarde. A família contratou uma advogada em Paris e relatou que o consulado só agiu, de fato, na sexta-feira (26).
"Ela está muito abalada com o trauma psicológico que sofreu", conta Karoline, que já conversou com a mãe. "Acreditamos que foi um erro deles e a Embaixada também não fala o que aconteceu".
