EUZIANY TEODORO
DA REDAÇÃO
O Governo do Estado cumpriu decisão do desembargador Pedro Sakamoto, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), proferida na sexta-feira (24.12), e cortou o ponto de 283 policiais penais em greve.
Os descontos no salário serão feitos na folha de pagamento do próximo mês, debitando os dias de faltas injustificadas relativas a dezembro e também pelo tempo que perdurar o movimento.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Os descontos variaram entre R$ 844,33 e R$1.181,95.
A greve dos policiais penais foi declarada ilegal pela Justiça e o desembargador Sakamoto também determinou aplicação de multa de 10 salários mínimos, por dia de paralisação, a sete servidores de unidades prisionais de Mato Grosso que se recusaram a receber novos presos durante o movimento grevista.
O pedido de corte de ponto dos grevistas foi feito pelo Ministério Público do Estado, que considerou o movimento grevista "risco à ordem pública", uma vez que os policiais penais têm se recusado a receber presos nas unidades prisionais.
A greve
Os policiais penais estão em greve desde o dia 16 de dezembro, cobrando equiparação salarial com as outras forças de segurança. Os policiais suspenderam a entrada de novos presos nas penitenciárias e cadeias do Estado e proibiram que os reeducandos recebam visitas.
Na tentativa de frear o movimento, a Justiça de Mato Grosso decretou a ilegalidade do movimento e estabeleceu multa diária de R$ 50 mil por dia em caso de descumprimento.
No entanto, a greve continuou e, na semana passada, Pedro Sakamoto determinou o afastamento de Amauri da presidência do Sindspen e estabeleceu multa diária de R$ 200 mil em caso de descumprimento.
A categoria afirma não ter sido notificada para suspender a greve e, por causa disso, no domingo (26) o desembargador dispensou intimação e pediu o bloqueio imediato das contas da entidade e de seus dirigentes.