JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTER MT
O Governo de Mato Grosso demitiu os investigadores da Polícia Judiciária Civil (PJC) A.V.F. e F.L.S., que cobraram R$ 20 mil para não prender um homem acusado de estar em carro roubado. Eles responderam a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e a decisão foi publica no dia 29 de abril.
Na mesma decisão, o poder público informou ainda a extinção da punibilidade de G.A.F., também investigador da PJC, que estaria envolvido na cobrança de propina, mas que já é falecido.
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“Acolher as razões exaradas pela Procuradoria-Geral do Estado no parecer e, com fulcro da Lei complementar nº 407/2010, aplicar a pena de demissão aos servidores A.V.F. e F.L.S, ambos Investigador de Polícia”, diz trecho da publicação.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPMT), o fato teria ocorrido em fevereiro de 2017, quando os policiais A.V.F. e G.A.F. teriam ido em um carro descaracterizado até o assentamento “Flor da Mata”, na região do Coxipó do Ouro, e abordado o dono do carro em sua residência.
Os investigadores A.V.F. e G.A.F. teriam dito ao homem que o Fiat Idea dele era roubado e o obrigaram a ir até a delegacia. O homem foi com G.A.F. no carro descaracterizado, enquanto o outro agente dirigia seu veículo.
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Policiais teriam cobrado R$ 20 mil para não prender homem
A denúncia relata que, no trajeto até a delegacia, A.V.F. teria proposto à vítima um acordo financeiro para liberar o veículo e não ser notificado em flagrante pelo roubo do carro. Neste momento, F.L.S., que se identificou como “delegado de polícia”, teria proposto à vítima que pagasse R$ 20 mil ao grupo.
A vítima teria pago o valor de R$ 10 mil e os policiais ainda deram prazo de dois dias para que pagasse a outra metade. No entanto, nesse intervalo, foi constatado que o carro não era roubado e a vítima fez a denúncia.