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Cuiabá, 22 de Novembro de 2024
22 de Novembro de 2024

18 de Setembro de 2023, 09h:15 - A | A

GERAL / ALEGA RISCO DE MORTE

Estado é contra ação do MP que quer suspender prisão especial para ex-PMs

TJ vai julgar ação que pede inconstitucionalidade de portaria da Secretaria de Segurança

RAFAEL COSTA
DO REPÓRTERMT



A Procuradoria Geral do Estado (PGE) é contrária ao pedido do Ministério Público para o Tribunal de Justiça impedir que ex-policiais militares permaneçam em cela isolada dos demais presos comuns enquanto estão presos preventivamente. Tal benefício, atualmente, é assegurado numa Portaria emitida pela Secretaria de Segurança, alvo de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin).

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Atualmente, os ex-policiais militares, assim como outros ex-servidores da segurança pública, são remetidos à Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães (60 km de Cuiabá).

O Ministério Público defende a inconstitucionalidade imediata dos efeitos da portaria e determinação para a Secretaria de Estado de Segurança Pública transferir estes presos para unidades convencionais no prazo máximo de um ano.

No parecer, o Procurador do Estado Pedro Salim Carone, afirma que o sistema penitenciário seleciona celas, alas, raios ou unidades separadas fixando como critério a classificação da pessoa em cumprimento de pena.

Ressalta, ainda que a Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães não pode ser considerada uma cela especial, uma vez que, não há privilégios, mas, apenas, uma ação do Estado em garantir a vida de ex-policiais. "Tais medidas visam preservar a vida e a integridade física de eventual policial ou ex-policial que não poderiam ser postos em raio penintenciário destinado a presos faccionados, sob pena de serem executados pelos demais privados de liberdade", diz um dos trechos.

A polêmica envolvendo a ida de ex-policiais militares à Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães veio à tona após o ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos, matar a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, no dia 13 de agosto deste ano. Inicialmente, o ex-PM foi remetido à Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães. Posteriormente, após pressão da Procuradoria Geral da Assembleia Legislativa, Almir Monteiro dos Reis foi transferido para a Penitenciária Central do Estado (PCE).

Por fim, no dia 28 de agosto, o juiz Geraldo Fidélis determinou que o ex-PM fosse remetido, definitivamente, para a Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães. Segundo o juiz, o ex-policial não receberá nenhum tratamento diferenciado e foi transferido com o intuito de resguardar a integridade física e psicológica do suspeito.

Ainda de acordo com a decisão de Fidelis, o acusado seguirá às mesmas regras de presos comuns.O magistrado explicou que a cadeia para qual Almir foi transferido não se trata de um "presídio militar" e sim de presídio comum, onde ex-militares são enviados. Na decisão, o juiz destaca que cabe ao Estado "o dever de garantir a integridade física ou psicológica de qualquer um de seus custodiados".

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O ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, é réu pelos crimes de estupro, homicídio quatro vezes qualificado e fraude processual.

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