Indignada, mãe de Rodrigo Claro detona Judiciário: "Leis do Brasil são para beneficiar bandidos"

Reprodução

Jane é mãe de Rodrigo Claro, que morreu em 2016 durante curso de formação dos bombeiros de MT

DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTER MT

A mãe do ex-aluno do Corpo de Bombeiros, Rodrigo Claro, dona Jane Patrícia Claro usou as redes sociais na tarde desta terça-feira (23), para detonar a nova decisão da Justiça Militar de Mato Grosso, que acatou um recurso da tenente Izadora Ledur e declarou extinta a punibilidade da sentença que havia condenado a militar a um ano de prisão pela morte de seu filho.

“Parabéns Poder Judiciário de MT, vocês realmente mostraram ao povo de MT em quem deve confiar e infelizmente não é na Justiça”, escreveu nas redes sociais.

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Com a decisão, publicada no Diário de Justiça nesta segunda-feira (22), a tenente não precisa mais cumprir a pena que havia sido estabelecida.

Por meio de uma postagem no Facebook, Jane disse que no Brasil, a Justiça tarda tanto que na maioria das vezes não chega e que o resultado é a impunidade.

"Dá aos piores bandidos o salvo-conduto para continuar a praticar de seus crimes como é o caso da tenente do Corpo de Bombeiros de MT Isadora Ledur. Apenas 0,2% dos crimes cometidos chegam à condenação e prisão dos culpados. E os bandidos são os mais bem informados de que é mais fácil ganhar num jogo de bingo do que receber a justa punição por um crime cometido", diz trecho de publicação.

O caso

Rodrigo Claro morreu em novembro de 2016 após um treinamento aquático realizado na Lagoa Trevisan, em Cuiabá. Para o Ministério Público, o aluno bombeiro sempre teve dificuldade em atividades na água e, no treinamento, foi submetido a uma série de “caldos”, mesmo tendo avisado que estava fraco, cansado, e ter pedido para sair.

Quem ministrava as aulas era a tenente. O órgão pediu a condenação da militar pelo crime de tortura com resultado em morte e perda do cargo público. Entretanto, ano passado o Conselho de Sentença desqualificou a denúncia e condenou a tenente por maus-tratos, sem perda do cargo.

A mãe de Rodrigo ainda acrescentou, afirmando que que o Judiciário de Mato Grosso e no país é "vergonhoso" e que as leis são feitas para beneficiar os bandidos.

"A parcela de brasileiros que bate à porta do Judiciário com esperança de ver um erro reparado é ínfima. E hoje digo a você que lê essa mensagem, não percam seu tempo indo atrás de JUSTIÇA, essa palavra existe no BRASIL, mas a que realmente funciona e o seu oposto, é a INJUSTIÇA que comanda", disse.

"Vergonha de um Judiciário falido, corrompido e incapaz, o Judiciário Mato-grossense e Brasileiro é vergonhoso, temos leis fracas, inúteis, feitas para beneficiar 100% os bandidos, não existe nesse país de m3rda uma lei que proteja a vítima ou seus familiares, somos jogados a própria sorte ainda mais quando a família do bandido  tem dinheiro e grande influência em instituições que comandam o Judiciário", acrescentou.

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