RAFAEL MACHADO
DA REDAÇÃO
O juiz Murilo Moura Mesquita, da 11ª Vara da Justiça Militar, definiu na sexta-feira (3) os membros que irão compor o Conselho Especial de Justiça que irá analisar e julgar a tenente do Corpo de Bombeiros, Isadora Ledur, acusada pelo crime de tortura, que levou à morte do aluno bombeiro, Rodrigo Claro, em novembro de 2016.
Também foi marcada para setembro a audiência para ouvir o pai e a mãe de Rodrigo Claro, Antônio Claro e Jane Patrícia Lima, respectivamente.
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A escolha foi feita por sorteio, e definiu como juízes militares titulares o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Neurivaldo Antônio de Souza e os majores da Polícia Militar Paulo César Viera de Melo Junior, Ludmila de Souza Eickhoff e Edison Carvalho Junior.
Na suplência foram sorteados o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Abel Rocha da Silva e o major da PM Fabiano Pessoa. A sessão de posse e compronisso foi designada para o dia 14 de setembro, às 13h30.
Com o grupo formado, a expectativa é de que a tenente seja ouvida e julgada no processo que está em trâmite na Justiça há mais de um ano. Em abril, o juiz Marcos Faleiros declinou a competência e encaminhou o processo para Vara Especializada em Crime Militar.
A decisão também se deu após alteração da Lei 13491/17 que prevê que casos envolvento supostos crimes de militares fossem julgados por um conselho formado por membros da coorporação.
Ledur responde pelo crime de tortuna, após ser acusada pelo Ministério Público do Estado (MPE) de causar a morte do aluno Rodrigo Patrício Lima Claro, durante o treinamento de atividades aquáticas para formação de soldados do Corpo de Bombeiros, realizado na Lagoa Trevisan, em Cuiabá.
Audiência
O juiz Murilo Mesquita determinou ainda as oitivas das testemunhas de acusação do processo. Além dos pais de Rodrigo, serão ouvidos no dia 14 de setembro Maurício Júnior dos Santos, Thiago Serafim Vieira e tenente-coronel Willckerson Adriano Cavalcante.
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