SÍLVIA DEVAUX
DA REDAÇÃO
A mãe da adolescente Isabele Guimarães, morta com um tiro no rosto em 2020, no condomínio Alphaville I, em Cuiabá, Patrícia Guimarães, pediu na Justiça o bloqueio de bens dos pais da atiradora que matou Isabele para assegurar a futura reparação de danos morais e materiais.
O pedido de medida cautelar foi ingressado por Patrícia contra o empresário Marcelo Cestari e a esposa Gaby Cestari e visa o bloqueio dos imóveis registrados em nome dos dois "pelo tempo necessário à tramitação do pedido de especialização de hipoteca".
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No requerimento, a defesa da mãe da vítima defendeu que "os danos morais e materiais, em casos análogos, são fixados em valores que superam mil salários mínimos", ou seja, mais de R$ 1 milhão.
Conforme o pedido liminar, seriam 14 imóveis registrados em nome do empresário e ainda outras 11 de titularidade no da esposa.
O juiz Murilo Moura Mesquita, da 8ª Vara Criminal de Cuiabá, solicitou que a mãe de Isabele anexe as certidões atualizadas das matrículas de cada um dos imóveis elencados e a estimativa de avaliação de cada um deles.
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"Com efeito, sem que se faça juízo de mérito a respeito do valor a ser eventualmente fixado para reparar danos morais e materiais, constata-se que, ainda que se leve em consideração a jurisprudência em casos semelhantes, mostra-se desarrazoada a constrição de todos os 25 (vinte e cinco) imóveis registrados em nome dos requeridos, mormente quando não há elementos para aferir, ainda que minimamente, o valor de cada um deles", disse o juiz.
O Caso - Isabele foi morta por um disparo que saiu pela nuca feito por B, filha do casal Marcelo e Gaby Cestari, que foi condenada à internação de no máximo 3 anos no Complexo Pomeri, no anexo Lar Menina Moça, por ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar.
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