CAROL SANFORD
DA REDAÇÃO
O Ministério Público do Estado (MPE) recorreu da decisão da juíza da 7ª Vara Criminal, Selma Arruda, e pediu a prisão da tenente do Corpo de Bombeiros, Izadora Ledur, acusada de torturar o aluno Rodrigo Patrício Lima Claro, de 21 anos, durante treinamento, em novembro de 2016.
Na decisão que tornou a tenente ré pelo crime de tortura, que ocasionou a morte de Rodrigo, a magistrada negou o pedido de prisão, por considerar que por estar afastada das funções de treinamento, Ledur não exercia mais riscos de cometer novos delitos.
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O promotor de Justiça, Sérgio Silva da Costa, discordou da juíza e pediu novamente a prisão de Ledur, na última quinta-feira (3).
De acordo com a denúncia do MPE, a vítima demonstrou dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre e outros exercícios e diante da situação, a tenente utilizava de métodos abusivos nos treinamentos para puní-lo.
Depoimentos colhidos durante a investigação indicam que Rodrigo foi submetido a intenso sofrimento físico e mental. O MPE denunciou o perfil perverso da tenente como instrutora.
Rodrigo era aluno do 16º Curso de Formação de Soldado Bombeiro do Estado de Mato Grosso e morreu no dia 15 de novembro. Ele passou mal durante aula prática de primeiros socorros aquáticos na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, em que a tenente Izadora Ledur atuava como instrutora.