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Cuiabá, 12 de Março de 2025
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14 de Maio de 2018, 17h:52 - A | A

GERAL / BISTURI FATAL

Mulher que morreu após plástica pagava plano de 'cirurgias baratas'

A vítima teria pago R$ 50 para entrar no programa e outros R$ 50 para fazer a consulta médica. A mulher participava de um grupo de WhatsApp e Facebook que consegue cirurgias plásticas com preços mais acessíveis.

CAMILA PAULINO
DA REDAÇÃO



A esteticista Daniele Bueno, de 33 anos, que morreu em decorrência de complicações pós-cirúrgicas, depois de passar por uma cirurgia plástica pelo programa “Plástica para Todos”.

"Depois que ouvirmos familiares, médicos e envolvidos nos procedimentos, vamos determinar a linha de investigação e a cargo de quem deverá ficar o inquérito", explicou a delegada.

A delegada Juliana Palhares, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), falou ao que recebeu alguns documentos e que o laudo de necropsia ainda não está pronto. Após concluir as oitivas, ela vai definir se as investigações ficarão por conta da DHPP ou seguem para outra delegacia.

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"Depois que ouvirmos familiares, médicos e envolvidos nos procedimentos, vamos determinar a linha de investigação e a cargo de quem deverá ficar o inquérito", explicou a delegada.

De acordo com a Polícia Civil, a vítima teria pago R$ 50 para entrar no programa e outros R$ 50 para fazer a consulta médica. A mulher participava de um grupo de WhatsApp e Facebook que consegue cirurgias plásticas com preços mais acessíveis.

Conforme o boletim de ocorrência, os familiares relataram que Daniele pagou R$ 7 mil para fazer mamoplastia redutora e lipoescultura.

Após as cirurgias realizadas nas dependências do Hospital Militar, no dia último dia 9, a vítima apresentou complicações e foi internada.

A mulher sofreu uma parada cardíaca e foi transferida para o Hospital Sotrauma, já que no Hospital Militar não há Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Na tarde de domingo (13) a paciente sofreu sucessivas paradas cardíacas e morreu.

Em nota, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) afirmou que preza por critérios de execução, em cirurgias plásticas, que maximizem a segurança do paciente.

Leia a nota da SBCP na íntegra:

NOTA A IMPRENSA
"Considerando o lamentável incidente em procedimento cirúrgico envolvendo a Sra. D.B., ocorrido, segundo informações veiculadas na imprensa, em 14/05/2018, em Cuiabá-MT, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Mato Grosso, manifesta-se com o que segue:

Solidarizamo-nos com a família enlutada.

O entendimento e orientação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) é pelo fiel cumprimento de normas e critérios científicos que maximizem a segurança do paciente. Reiteradamente a SBCP alerta a população para o risco da atuação de agentes intermediadores, em mídias sociais, e/ou planos financeiros para realização de cirurgias plásticas, fazendo de pacientes objetos de mercância, no interesse vil em detrimento de qualidade e segurança.

Entretanto, a análise da conduta profissional, dos fenômenos orgânicos da paciente, somados às condições estruturais na realização do procedimento elencado, é que trarão uma razão de juízo acerca de causas e efeitos de cada caso concreto. Para tanto, órgãos e autoridades oficiais, são investidos de poderes na emissão de pareceres técnicos fundamentados.
Tem-se por óbvio que qualquer pré-julgamento acerca de fatos não comprovados, se trata de mera especulação e exploração sensacionalista de um momento delicado como tal.
Não obstante, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, aguarda o pronunciamento conclusivo dos órgãos oficiais acerca dos fatos, para que possa se manifestar tecnicamente sobre o ocorrido e, agir no âmbito de suas funções.
Cuiabá, 14 de maio de 2018."

Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Mato Grosso

 

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